Um alerta da Diretoria de Informação e Inteligência da Secretaria de Segurança Pública foi encaminhado para os Bombeiros Militares de Santa Catarina (CBMSC) por volta das 21h de segunda-feira, cerca de 30 minutos antes do primeiro ataque a um ônibus em Canasvieiras, no norte da Ilha de Florianópolis.
— Tínhamos a informação de possíveis atentados contra ônibus com o intuito de chamar a atenção das autoridades e, assim, permitir ataques contra as policias Civil e Militar — explicou o Major.
Sobre o pedido, em letras maiúsculas, de que a atenção se mantenha redobrada até o fim do feriado, o Major explicou que a informação não precisava datas e locais, só que estes atentados poderiam ocorrer entre esta terça-feira e domingo.
De acordo com o comunicado encaminhado pela agência de inteligência, foram interceptadas trocas de mensagens entre membros de uma facção criminosa. Segundo o Major, elas haviam se intensificado nos últimos dois dias e o conteúdo das conversas falavam sobre ataques ao transporte público e a integrantes da Secretaria de Segurança Pública.
O alerta contradiz o secretário de Segurança Pública, César Grubba, que, em entrevista ao Diário Catarinense na manhã desta terça-feira, disse que não havia informações sobre incêndios de ônibus e nem elementos que confirmassem a existência de uma facção criminosa envolvida nos ataques.
A reportagem tentou falar com o secretário novamente mas, de acordo com a assessoria de comunicação, ele só irá falar em uma coletiva marcada para as 14h na sede da Secretaria de Segurança Pública.
Entre 21h30min de segunda-feira e 3h de terça-feira, dois ônibus e o carro particular de um policial foram incendiados no bairro Canasvieiras. Uma viatura da polícia Militar também foi incendiada no bairro Saco dos Limões e uma base da PM foi atacada com 16 tiros em Palhoça.
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