O incêndio
das viaturas durou pouco mais de 45 minutos. Na noite de segunda-feira havia 15
policiais guarnecendo a academia, sendo que dois estavam em uma guarita a
poucos metros do local onde começou o fogo. Assim que as chamas foram notadas,
eles deram o alerta e foi acionado o Corpo de Bombeiros, explica o major
Leandro Balen, que responde pela chefia da Comunicação Social da BM. O local
onde os veículos estão não tem câmera. A BM deve procurar na região se há
equipamento em outros estabelecimentos para identificar a ação. Quem faz a
guarda na academia são alunos do curso de capitão. Depois do incêndio, todos os
que estavam de guarda foram proibidos de ir embora. Eles são mantidos
aquartelados durante a investigação e estão sendo ouvidos um por um, apurou a
reportagem. Está sendo levantada a lista de todas as pessoas que entraram e
saíram da academia nas horas anteriores e posteriores ao início do fogo. Foi
cogitada a possibilidade de um coquetel molotov ter sido lançado de fora da
área da academia, separada da avenida por um muro baixo, e atingido as
viaturas, mas a alternativa é questionada. Um oficial comentou que esse método
de ataque teria atingido só uma viatura, e o fogo não teria se espalhado para
tantas ao mesmo tempo.Não foram encontradas, no local, garrafas usadas em
explosivos. Uma opção é que as chamas possam ter começado em algum artefato
preparado embaixo dos veículos. Outra observação, feita durante a perícia, é de
que o vidro de uma caminhonete teria sido quebrado de fora para dentro,
possível indício de objeto jogado para dentro.E quem seriam os autores, se
confirmado que pertencem à própria BM? As investigações vão mirar em PMs que
tenham participado da onda de atos de vandalismo durante os protestos por
melhores salários, nos últimos dois anos. Especialmente os que se envolveram em
queima de pneus e colocação de bombas caseiras em locais públicos.
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