O advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende Caio Silva de Souza e Fábio
Raposo (suspeitos de envolvimento na morte do cinegrafista Santiago
Andrade), disse nesta quarta-feira (12) na Cidade da Polícia que alguns
manifestantes recebiam dinheiro de organizações — que não foram
reveladas — para irem aos protestos e convocarem outros jovens às
manifestações no Rio de Janeiro, dentre eles o próprio Caio.
Em entrevista a repórter Bette Lucchese, da TV Globo, Caio afirmou que
costumava ir a manifestações. O advogado dele, entretanto, ponderou que o
motivo seria a ajuda de custo supostamente recebida pelo rapaz. "Ele sempre foi aliciado, sempre recebeu dinheiro. Quanto mais páginas estes
jovens abrirem nas redes sociais, quanto mais convocações tiver para
outros jovens, eles são recompensados. Tem um fomento financeiro, mas
não sei de onde vem.
Ainda segundo Jonas, Caio recebia um salário mínimo e grande parte do
dinheiro seria utilizado para pagar o aluguel da casa da mãe. Embora
tenha dito que isto não eximiria a culpa do rapaz, relacionou a condição
"miserável" com o crime. "Assim que estive com o pai do Caio, vi a situação de miséria que ele
vive. Me deu uma tristeza muito grande.
Esses jovens são aliciados, recebem fomentos financeiros de organismos que organizam estes protestos
com o objetivo de desarticular o governo, em vez de fazer uma oposição
correta. Tem que ir atrás das pessoas que aliciam outros jovens. Eles
desgraçaram a família de outros jovens e do Santiago", disse o advogado,
sem se aprofundar em quem seriam os responsáveis pelo suposto
aliciamento.
(http://g1.globo.com).
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