A separação do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar, que provoca
discussões há décadas no Rio Grande do Sul, deve sair do papel e se
tornar realidade. O governo do Estado confirmou que um projeto recebe
ajustes para ser encaminhado, nos próximos dias, à Assembleia
Legislativa.
De acordo com o titular da Secretaria da Segurança Pública, Airton Michels, a mudança deve ser feita de forma "gradual", e o período ainda será negociado, podendo se estender por até cinco anos. Desde o início do governo Tarso Genro, a reestruturação é debatida.
— Nossa maior divergência sempre foi que nós, o governo, queríamos, separar os Bombeiros da Brigada de forma gradual, com os avanços necessários. Tu não estruturas uma instituição como os bombeiros de forma imediata. Estamos encaminhando um projeto brevemente e não queremos que essa instituição comece a funcionar isoladamente — afirma o secretário, ciente de que sua gestão termina em dezembro.
Além do Rio Grande do Sul, outros três Estados mantêm as corporações ligadas: São Paulo, Bahia e Paraná. Nesta semana, críticas à estrutura do Corpo de Bombeiros foram expostas após incêndio em uma empresa na zona norte de Porto Alegre, que durou cerca de seis horas até o rescaldo em uma luta contra o tempo para evitar que as chamas atingissem quatro bombas de combustíveis dentro de uma empresa de ônibus.
— Agradecemos a posição do governo, embora tardia, em benefício da sociedade gaúcha. Porém, aguardamos um convite para que as associações sejam chamadas para construir a melhor maneira para esta separação. Entendemos que cinco anos é muito. O que temos de concreto é um projeto que prevê a separação de imediato (há uma Proposta de Emenda à Constituição do ano passado que prevê a desvinculação das corporações) — afirma Ubirajara Pereira Ramos, coordenador geral da Associação de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Abergs).
Conforme Ramos, o orçamento próprio e a formação específica de oficiais para os bombeiros estão entre as principais vantagens da mudança. E este é, segundo Michels, um dos pontos que exigem tempo para a separação: atualmente, os bombeiros se valem de estruturas de ensino da BM.
O secretário afirma que o governo investe o triplo da administração anterior na corporação.
— Embora para a Brigada Militar seja doloroso perder aliados preciosos, ficamos alegres por poder ceder uma parte do nosso pessoal para que a população seja beneficiada. É um orgulho amargo, porque os bombeiros sempre foram nossos irmãos — diz o tenente-coronel José Carlos Riccardi Guimarães, presidente da Associação dos Oficiais da BM.
De acordo com o titular da Secretaria da Segurança Pública, Airton Michels, a mudança deve ser feita de forma "gradual", e o período ainda será negociado, podendo se estender por até cinco anos. Desde o início do governo Tarso Genro, a reestruturação é debatida.
— Nossa maior divergência sempre foi que nós, o governo, queríamos, separar os Bombeiros da Brigada de forma gradual, com os avanços necessários. Tu não estruturas uma instituição como os bombeiros de forma imediata. Estamos encaminhando um projeto brevemente e não queremos que essa instituição comece a funcionar isoladamente — afirma o secretário, ciente de que sua gestão termina em dezembro.
Além do Rio Grande do Sul, outros três Estados mantêm as corporações ligadas: São Paulo, Bahia e Paraná. Nesta semana, críticas à estrutura do Corpo de Bombeiros foram expostas após incêndio em uma empresa na zona norte de Porto Alegre, que durou cerca de seis horas até o rescaldo em uma luta contra o tempo para evitar que as chamas atingissem quatro bombas de combustíveis dentro de uma empresa de ônibus.
— Agradecemos a posição do governo, embora tardia, em benefício da sociedade gaúcha. Porém, aguardamos um convite para que as associações sejam chamadas para construir a melhor maneira para esta separação. Entendemos que cinco anos é muito. O que temos de concreto é um projeto que prevê a separação de imediato (há uma Proposta de Emenda à Constituição do ano passado que prevê a desvinculação das corporações) — afirma Ubirajara Pereira Ramos, coordenador geral da Associação de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Abergs).
Conforme Ramos, o orçamento próprio e a formação específica de oficiais para os bombeiros estão entre as principais vantagens da mudança. E este é, segundo Michels, um dos pontos que exigem tempo para a separação: atualmente, os bombeiros se valem de estruturas de ensino da BM.
O secretário afirma que o governo investe o triplo da administração anterior na corporação.
— Embora para a Brigada Militar seja doloroso perder aliados preciosos, ficamos alegres por poder ceder uma parte do nosso pessoal para que a população seja beneficiada. É um orgulho amargo, porque os bombeiros sempre foram nossos irmãos — diz o tenente-coronel José Carlos Riccardi Guimarães, presidente da Associação dos Oficiais da BM.