(POLÍTICA + COLUNA DE ROSANE DE OLIVEIRA Zero Hora, 06/05, pg 8)
Se o governador José Ivo Sartori planeja adotar qualquer medida que envolva a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), vai receber apoio de setores que consideram necessário reduzir o peso da máquina pública, mas enfrentará uma enorme resistência. De diferentes pontos do Estado, a coluna recebeu manifestações apaixonadas de alunos e professores em defesa da manutenção e do fortalecimento da Uergs. O argumento da coluna de que, se os recursos são escassos, o Estado deveria concentrá-los na educação básica, não convence os defensores da Uergs. Nas redes sociais, o questionamento à existência da instituição provocou debates acalorados e foi tratado como heresia por simpatizantes do PT. A reitora Arisa Araujo da Luz sustenta que a Uergs é a quarta melhor universidade do Rio Grande do Sul e 19ª do Brasil, segundo o Enade. Que está presente em 24 municípios, tem cerca de 4 mil alunos e que mais de 33 mil disputaram as 1.540 vagas no último processo seletivo. Arisa diz que o grande diferencial da Uergs é ofertar cursos de graduação e de pós-graduação para atender demandas regionais, política que ela considera essencial ao desenvolvimento do Estado: "A Uergs leva às comunidades em que está inserida benefícios de caráter social, cultural e educacional, ao desenvolver projetos de pesquisa, ensino e extensão". Lembra a reitora que metade das vagas da Uergs é destinada a alunos de baixa renda e 10% a pessoas com deficiência. A universidade tem hoje 268 professores a maioria com mestrado ou doutorado e 198 funcionários. A reitora diz que, dos R$ 90 milhões previstos no orçamento, R$ 23 milhões são obtidos pelos próprios professores, por meio de convênios com órgãos federais. O presidente do Tribunal de Justiça Militar, Sergio Antonio Berni de Brum, também reagiu à sugestão de extinção. A alegação é de que a economia seria de no máximo R$ 5,4 milhões, já que o Estado continuará gastando cerca de R$ 36 milhões com o pagamento de inativos, juízes e servidores, que seriam transferidos para a folha do Tribunal de Justiça. O TJM tem 15 magistrados no primeiro e segundo graus e cem funcionários. ALIÁS O fim do TJM pode entrar no cardápio do jantar que o presidente do Tribunal de Justiça, José Aquino Flôres de Camargo, oferecerá aos deputados estaduais no dia 12. O TJ já propôs a extinção, mas a Assembleia arquivou o projeto.
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