Identificado e detido pela Brigada Militar como um dos torcedores que arremessou cadeiras em direção à torcida do Inter no último Gre-Nal, William Roberto Flores Lopes, 21 anos, sente um misto de arrependimento pelo que fez e indignação com a atuação policial. Acredita ter sido injustiçado por ser um dos dois gremistas encaminhados ao Juizado do Torcedor, quando garante que mais torcedores estavam envolvidos. Por conta do incidente, William está proibido de frequentar estádios e tem de se apresentar à polícia em dias de jogos do Grêmio. Em contato telefônico com ZH, creditou o que fez a "um momento de revolta", mas garante que não foi o primeiro a lançar os assentos, apenas imitou outros gremistas a sua volta. "Foi um momento de revolta da minha parte. Eu e mais um torcedor fomos detidos, o outro também não era ligado às torcidas organizadas. Mas os policiais resolveram se "encarnar" em nós dois", disse, antes de completar: "Tinha largado essa vida de querer ir em todos os jogos desde o término do Olímpico. Mas veio a final contra o Inter, na m... que o Grêmio estava...Pensei: "Temos que ganhar desta vez". Chegamos lá e não deu. Fiquei parado, acompanhando...Me deu uma revolta enorme. Não sei nem explicar". Residente de Esteio e estagiário da uma grande empresa, onde atua como mecânico, William diz que foi reconhecido em uma imagem de TV sendo conduzido pelos policiais e quase perdeu o emprego. Além de trabalhar, ele está prestes a concluir um curso técnico em contabilidade.Questionado se já tinha se envolvido em outras confusões, respondeu que "antigamente" era "envolvido com torcidas organizadas" e citou um episódio em que houve um desentendimento entre gremistas em um treino do Grêmio. "Eu nem briguei, nós só corremos para evitar a briga", afirmou.
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