quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A resistência da criminalidade no Estado e sua relação direta com o consumo e o tráfico de drogas



O AUMENTO DA CRIMINALIDADE (EDITORIAL . Zero Hora, 30/08/12, página 20).

 A resistência da criminalidade no Estado, mesmo com a intensificação de ações das forças policiais, é um fenômeno preocupante para os gaúchos, que só podem se sentir ainda mais inseguros quando confrontados com as estatísticas oficiais. Se nem mesmo a força-tarefa da Brigada Militar e o aprofundamento das investigações pela Polícia Civil são suficientes para deter o avanço da violência, é preciso que as autoridades da área de segurança pública reforcem sua estratégia, permitindo que os gaúchos voltem a se sentir menos atemorizados com a livre atuação de criminosos. Dados da Secretaria da Segurança Pública revelam que, de janeiro a julho, o total de homicídios no Estado aumentou 15,1%, em comparação com igual período do ano passado. No mesmo período, o número de roubo de veículos cresceu 5,1%, ao mesmo tempo em que o de posse e tráfico de drogas ampliou-se de forma considerável. Mais uma vez, confirma-se na prática o quanto crimes contra a vida estão geralmente associados a drogas ilícitas e a ataques contra condutores de veículos. Qualquer combate eficaz contra o crime, portanto, precisa levar em conta esses dois aspectos.Autoridades de segurança reconhecem a gravidade dos dados, mas admitem que alguns percentuais chegaram a se mostrar ainda mais elevados. A particularidade de, agora, mesmo altos, estarem com tendência de queda indicaria que a força-tarefa dos policiais teria começado a dar resultados nos últimos meses. É pouco, porém, para servir de consolo, ainda mais levando-se em conta que essas operações têm prazo para terminar.O que o Estado precisa garantir são providências de impacto contra o crime, tanto de caráter preventivo quanto repressivo, que acenem com respostas imediatas e a longo prazo. Os gaúchos não podem se conformar com a perspectiva de que o avanço na criminalidade deve ser visto como inevitável, pois é possível, sim, detê-lo com ações firmes.

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