quarta-feira, 27 de junho de 2012

Reintegração de posse pacífica em Cachoeirinha


PREFEITURA CUMPRE REINTEGRAÇÃO 

 Sob a supervisão de 400 profissionais, entre Brigada Militar, Bombeiros, Defesa Civil e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, a prefeitura de Cachoeirinha deu início ontem à reintegração de posse no loteamento Chico Mendes. Em novembro, 280 famílias ocuparam as casas inacabadas que seriam destinadas a outras pessoas, cadastradas desde 2005 e que vivem em zonas de risco. De forma pacífica - apenas com alguns relatos de vandalismos na parte interna de casas - grande parte dos ocupantes saiu do loteamento. Os caminhões que levaram os móveis das famílias para o depósito municipal provocaram congestionamento na ERS 118. Segundo a prefeitura, alguns moradores aproveitaram o fim de semana para deixar a área. Conforme o secretário municipal de Habitação, André Lima, 60 famílias receberão aluguel social de R$ 250,00 por seis meses, prorrogáveis por igual período. O restante preencheu cadastro e deve ganhar nova casa, em até 12 meses. "Fizemos um estudo e verificamos que somente 60 estão de fato em situação de vulnerabilidade social. Os outros devem voltar para a casa de familiares. Há muitas pessoas que são de Cachoeirinha, mas não podemos abraçar o problema habitacional de outros municípios." Segundo Lima, haverá avaliação individual de casos. "Não nos negamos a ajudar, mas temos que respeitar a lei e o projeto do Ministério das Cidades. O loteamento Chico Mendes deve estar concluído em seis meses e abrigará famílias que vivem em zonas de risco, alagadiças e sob redes de alta tensão", enfatizou. O comandante do 26º Batalhão de Polícia Militar, major Luiz Fernando Rodrigues, que acompanhou a ação, acredita que o processo deve demorar dois dias. Segundo ele, não houve conflito e foram poucos os registros de vandalismo. "Antes de iniciarmos a reintegração, fizemos reunião com líderes da comunidade. Não houve enfrentamento, apenas boatos de possibilidade de estourarem botijões de gás ou incendiarem as casas, mas nada concretizado", disse. A líder comunitária Suzana Müller ficou descontente com a forma como a prefeitura tratou o grupo. "Levaram os móveis para um depósito de forma desordenada. Deveriam ter feito o cadastro social antes de obrigarem as pessoas a saírem. O aluguel social sequer foi aprovado pela Câmara Municipal e, de qualquer forma, somente virá no dia 5 de julho", ponderou. Francisco Niches destacou que a prefeitura foi cordial, mas não cumpriu de forma plena o acordo feito com os moradores. Segundo ele, muitos saíram do local sem a garantia de um novo lar. Além disso, durante um ano, a maioria deles ficará entregue à própria sorte. (Correio do Povo. Página 13).

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