quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O comando da Brigada Militar está decidido a pôr um fim nos protestos de PMs por melhores salários

COMANDANTE TENTA NEGOCIAR REAJUSTE (Zero Hora. 07/09 - Página 36) O comando da Brigada Militar está decidido a pôr um fim nos protestos de PMs por melhores salários – nem que, para isso, seja necessário fazer logo uma proposta de reajuste nos soldos. O comandante-geral da corporação, o coronel Sérgio Roberto de Abreu, sugeriu ontem a integrantes do governo estadual que sejam retomadas negociações com associações de classe da BM a fim de se chegar a um índice de recomposição salarial. Em contrapartida, seria exigido o fim das manifestações com queimas de pneus, que se repetem há mais de um mês em rodovias e diferentes cidades gaúchas. “Nunca deixamos de desenvolver a proposta. Aconselhei que até o fim de semana seja oferecido um índice, que vai mostrar a boa vontade governamental e mostrar que os PMs sabem cumprir seu dever, independentemente de suas insatisfações salariais”, pondera Abreu. A ideia de Abreu foi exposta ao secretário estadual da Segurança Pública, Airton Michels, ao subsecretário, Juarez Pinheiro, e à secretária da Administração, Stela Farias. O comandante da BM ressaltou que as associações que representam oficiais e sargentos não apoiam os protestos. Os demais integrantes da mesa que debateram o possível reajuste estão cautelosos. Juarez Pinheiro afirma que não há consenso sobre se este é o momento certo de fazer uma oferta. Uma reunião com as entidades de classe da BM estava marcada para sexta-feira, mas nem isso está certo, diante do prosseguimento da queima de pneus. “Oferecer uma proposta depende muito da interrupção dos protestos. A associação dos cabos e soldados (Associação Beneficente Antonio Mendes Filho, a Abamf) colocou nota nos jornais assegurando que não quer atuar fora da legalidade. Isso nos parece um bom sinal”, opina Pinheiro. No campo da repressão aos protestos, a BM parece não ter avançado. Abreu disse ter recebido informações sobre a identidade de participantes de protestos, mas sem provas. Ele afirma que muitos atos podem ter sido feitos por parentes e amigos dos PMs. Mas, se a BM consegue localizar bandidos que atuam nas ruas, como não identificou ainda os militares que ateiam fogo nos pneus? O comandante Abreu considera as situações bem diferentes: “Não estamos lidando com criminosos comuns. Eles não agem às claras, não fizeram greve. Se tivessem agido dessa forma, nossa reação seria diferente. É até provável que não sejam PMs que organizam os atos, mas apenas gente solidária a eles ou interessada em tirar proveito político”. Abreu ressalta que ainda não foi decidida a punição ao único que assumiu ter cometido protestos, um sargento da reserva da BM. PORTO ALEGRE

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