quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Governo condiciona proposta para PMs ao fim de protestos

Desde o início de agosto, manifestações com queima de pneus são realizadas no Estado<br /><b>Crédito: </b> Reprodução / Record

Policiais queimam pneus em estradas desde o começo de agosto no Rio Grande do Sul

Desde o início de agosto, manifestações com queima de pneus são realizadas no Estado
Crédito: Reprodução / Record
Em reunião entre o governo do Estado e entidades representativas dos policiais militares, a Casa Civil condicionou a oferta de aumento de salários para a categoria ao fim dos protestos com interrupções de ruas e estradas no Rio Grande do Sul. Ao sair do gabinete onde ocorreu a negociação no Palácio Piratini, nesta quinta-feira, o presidente da Associação Beneficente Antonio Mendes Filho (Abamf) dos cabos e soldados, Leonel Lucas, pediu para as pessoas que estão participando do movimento, que ocorre desde o início de agosto, acabem com as manifestações. “Estamos buscando elaborar com o governo um calendário de reajuste da categoria. Para viabilizar isso, apelamos pela interrupção das manifestações”, afirmou ele, pedindo ainda paciência à categoria. Uma nova rodada de negociações com a categoria deverá ocorrer no dia 9 de setembro.

O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, afirmou que o governo elaborou uma proposta diferente da rejeitada na primeira reunião com os policiais, mas só entregará às entidades no momento em que cessarem os protestos. “Reconhecemos que os salários são baixos e queremos solucionar essa situação. Mas não vamos aceitar esse tipo de protesto”, afirmou, referindo-se aos pneus queimados em cidades do Interior e na Capital. Segundo ele, a Brigada Militar investiga os atos e já tem suspeitos.

Lucas ressaltou que a entidade não é responsável pelos atos. “No momento em que sentamos e conversamos com o governo, que pediu a suspensão das mobilizações, na semana passada, paramos. Da nossa parte, não houve continuidade”, disse. Para Lucas, esses atos podem ter partido de pessoas interessadas em gerar instabilidade entre a BM e o governo. Para o chefe da Casa Civil, mesmo que Abamf-BM garanta que não é responsável pelas últimas queimas de pneus, acabou incentivando esse tipo de prática.

Nesta quinta-feira, uma das principais vias de Porto Alegre, a avenida Mauá, foi interrompida por uma barreira de pneus com fogo. Esse é o primeiro registro desse tipo de protesto na Capital. Pelo menos três das quatro pistas da  via ficaram interrompidas, mas o fluxo de veículos não foi comprometido. No muro de proteção da linha da Trensurb foram colocadas duas faixas com os dizeres: “Bem vindo a Porto Alegre, a capital onde os Policiais Militares ganham o pior salário do Brasil – A Brigada vai parar” e “Governador – chega de esmola – salário digno já”.

Durante a madrugada, três rodovias foram interrompidas. Em Uruguaiana, na Fronteira Oeste, o km 568 da BR 472, ficou parcialmente bloqueado às 3h30min por pneus em chamas. Por volta das 5h, o km 193 da RSC 470 foi interrompido também por uma barreira. A ponte do Rio das Antas, entre Bento Gonçalves e Veranópolis, na Serra, ficou bloqueado por cerca de 40 minutos. Em Charqueadas, na Região Carbonífera, o km 28 da ERS 401 também foi fechado.

A Abamf-BM apresentou proposta que prevê a elevação do piso dos atuais R$ 1.170,00 para R$ 3,200,00, sendo 25% de reajuste agora e o restante no decorrer do governo. Ele recordou ainda que o aumento concedido no início do ano era referente às negociações com a ex-governadora Yeda Crusius.
(http://www.correiodopovo.com.br/Noticias).

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