sexta-feira, 11 de março de 2011

PM É MORTO EM AÇÃO CONTRA MOTOCICLISTA EM ROQUE GONZALES – REPERCUSSÃO NA MÍDIA

(Zero Hora - Página 37) O sargento Vicente Garcia, 48 anos, já planejava as férias, que começariam na próxima terça-feira. Queria aproveitá-las com a mulher e as duas filhas. Só que não teve tempo: no fim da noite de terça-feira, durante uma abordagem policial, um tiro que partiu da arma de um colega, ocasionou a morte do policial militar. Às 23h50min Garcia e outros dois colegas perseguiram um motociclista de 27 anos, que andava em alta velocidade e na contramão no centro de ROQUE GONZALES, no Noroeste. Após fugir das abordagens, o motociclista foi parado na localidade de Linha Poço Preto. Segundo a versão dos policias, o motociclista teria dado uma cabeçada em um dos PMs, que teria então iniciado uma luta corporal, em legítima defesa, com o jovem, resultando em um disparo acidental da arma, atingindo Garcia, a cerca de dois metros do local. Em depoimento à Policia Civil, o policial afirmou que observou as normas de segurança, conservando o dedo fora do gatilho, que teria sido acionado pelo suspeito durante a briga. O motociclista, cujo nome foi mantido em sigilo pela delegada Elaine Schons, negou o disparo. Segundo a delegada, o suspeito afirmou que não havia identificado a viatura e por isso não parou nas abordagens anteriores. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro. Sem antecedentes, o jovem foi autuado em flagrante por homicídio doloso – teria assumido o risco – e enviado ao Presídio de Cerro Largo. Há 25 anos na Brigada Militar e oito anos alocado em Roque Gonzales, Garcia acabava de voltar de um período de dois anos como reforço no Presídio Central de Porto Alegre. “Ele ficou dois anos na Capital e nada aconteceu e agora, aqui em uma cidade pequena, acontece isso. E a gente tem sempre a impressão de que essas coisas só acontecem em grandes cidades”, lamenta o irmão do PM Valdomiro Garcia, 58 anos. Segundo Valdomiro, o irmão preparava os papéis para dar entrada no pedido de aposentadoria. Ele morava em Porto Xavier, sua cidade natal, e ia todos os dias a Roque Gonzales para trabalhar. Garcia era casado havia 29 anos com Maria Fracalossi Garcia, com quem tinha duas filhas: Daiana, 23 anos, e Daniela, 12 anos. A mais velha, inspirou sua carreira nos passos do pai e, há cerca de um ano, atua como PM em Porto Alegre. As versões DA BRIGADA - O motociclista estaria fazendo manobras arriscadas no Centro. Garcia e os dois colegas teriam perseguido o jovem até Linha Poço Preto, onde conseguiram pará-lo. - Sentado no banco traseiro, um PM teria saltado da viatura e apontado a arma para o jovem. Ele afirmou que não colocou o dedo no gatilho. - Enquanto Garcia e o terceiro policial desciam do carro, de capacete o motociclista teria partido para cima do PM. Em meio à luta corporal, que dura segundos, o tiro atinge a vítima, acima do colete. Garcia estaria a menos de dois metros da briga. DO MOTOCICLISTA - Acompanhado da namorada, o jovem de 27 anos disse não ter reconhecido a viatura da Brigada Militar. Segundo ele, por essa razão, não teria atendido aos pedidos para parar durante as abordagens no Centro - Em Linha Poço Preto, ao perceber a abordagem, o motociclista disse ter atendido a orientação policial. Segundo ele, o policial já teria descido do carro efetuando o disparo, que atingiu o colega - Ele afirma que não houve luta corporal. O jovem ainda nega que conduzia a motocicleta sob efeito de álcool

INQUÉRITOS APURARÃO CONDUTA POLICIAL (Zero Hora - Página 37) .
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso. Segundo o Capitão Eduardo Brum, do 14ª Batalhão de Policia Militar de São Luiz Gonzaga, os policias militares envolvidos no incidente seguem trabalhando normalmente e responderão a um inquérito policial militar, que já foi aberto e deve ser concluído em até 40 dias. Segundo Brum, o procedimento correto é não realizar abordagens policias com o dedo no gatilho, como os policiais afirmam ter agido. O presidente da Associação Beneficente Antonio Mendes Filhos (ABAMF), entidade representativa dos servidores de nível médio da BM, Leonel Lucas, acredita que a ação foi a correta. “Ele partiu para a luta corporal em legítima defesa. Se ele estivesse com a mão no gatilho, provavelmente ao receber a cabeçada a arma teria disparado naquele momento”, ressalta Lucas. Segundo ele, os PMs gaúchos estão bem orientados sobre como devem agir.
 
(CORREIO DO POVO) POLICIAL É MORTO EM SERVIÇO NO NOROESTE (Página 21).
O sargento Vicente Garcia, 48, morreu por volta das 23h50min de terça-feira em Roque Gonzales, Região das Missões. O policial foi atingido por um tiro durante abordagem de trânsito no acesso à localidade de Linha Poço Preto. A guarnição, composta por três policiais, abordou um motociclista que realizou várias manobras irregulares e tentava fugir do local. Um dos PMs disse ter entrado em luta corporal com o condutor quando ocorreu o disparo do revólver funcional, atingindo o sargento. O PM disse ter conservado o dedo fora do gatilho, e que o mesmo foi acionado pelo motociclista durante a luta corporal, versão que ele nega. ROQUE GONZALES.

(O SUL) QUEM PUXOU O GATILHO? (COLUNA DE WANDERLEY SOARES CADERNO COLUNISTAS Página 04).
“O terceiro-sargento da Brigada Militar, Vicente Garcia, 48 anos, foi morto com um tiro no peito durante a abordagem de um motociclista que dirigia na contramão e em alta velocidade. O fato ocorreu na noite de quarta-feira em Roque Gonzalez, noroeste do Estado. O tiro partiu da arma de um outro PM, que entrou em luta corporal e foi agredido pelo motociclista. O sargento, que interferia no enfrentamento, foi atingido pelo disparo. O PM que estava com a arma afirmou que o gatilho foi acionado pelo motociclista, que, naturalmente, negou. Mesmo assim, o condutor da moto foi preso. Garcia deixa esposa e três filhas. É possível que a pericia possa chegar a evidências de quem apertou o gatilho. Mesmo assim, a menos que tal pericia venha estabelecer a prova material, a dúvida permanecerá. Um crime como esse irá, pelas circunstâncias que são apresentadas agora, ao júri popular, e a negativa do motoqueiro irá permanecer, pois ele estava desarmado. De qualquer forma, os PMs se mostraram pouco hábeis nessa abordagem, o que culminou em uma tragédia. Episódios como esse, seguramente, são levados a discussões nas academias de policia”.

BRIGADIANO MORRE BALEADO POR ARMA DE COLEGA (O SUL - Página 11).
Um brigadiano foi morto em serviço no municipio de Roque Gonzales. O terceiro-sargento Vicente Garcia, 48 anos, levou um tiro no peito durante abordagem a motociclista que dirigia na contramão em alta velocidade na noite de terça-feira. A bala partiu da arma de outro policial que entrou em luta corporal com o condutor e foi agredido. O terceiro-sargento estava ao lado e foi atingido. O colega que estava com a arma afirmou que o gatilho foi acionado pelo motociclista, que nega, mas está preso. A PC investiga o caso. ROQUE GONZALES

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