(Zero Hora. Capa e página 34) Uma mãe e dois filhos morreram em um incêndio que consumiu duas casas de madeira na Rua Beira do Lago, no bairro Jardim Universitário, em Viamão, na manhã de sábado. Outras três pessoas ficaram feridas. Até as 12h30min, a Brigada Militar não havia confirmado os nomes dos mortos, mas vizinhos afirmavam que as vítimas seriam uma auxiliar de cozinha, moradora de uma das casas atingidas, um menino e uma menina de menos de 10 anos. O socorro foi acionado por volta de 9h. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Viamão, primeiro-tenente Marco Antônio Vieira Fraga, os militares chegaram o mais rápido possível. “Conseguimos salvar 20% de uma das residências, mas a outra ficou totalmente destruída”. No fim da manhã, a rua teve de ser interditada em função do clima de consternação entre os vizinhos, que, apesar da chuva forte, se aglomeravam no local. Alguns estavam aos prantos. “Minha filha viu o fogo e me avisou. Saímos correndo. Quando chegamos na rua, os vizinhos já estavam tentando acudir”, relatou a auxiliar de cozinha Maria Regina da Silva, 55 anos, moradora da rua e amiga da família. Segundo a vizinhança, a mãe das crianças, identificada apenas como Janaína, morava havia pouco mais de um ano na residência, alugada. “Tive muito medo porque pensei que o fogo iria se alastrar para a minha casa também. Estava muito alto. Foi um sufoco”, contou a comerciária Ana Ferreira da Silva, 44 anos. Dois feridos, identificados como Carlos Getúlio Rodrigues de Quadros, 46 anos, e Camila Santos de Paula, 10 anos, que seria irmã das outras crianças, foram encaminhados ao Hospital de Pronto-Socorro (HPS) da Capital. Eles estavam em atendimento, e não havia informações sobre o estado de saúde até o fechamento desta edição. Outra mulher, Sônia Regina Silva dos Santos, 54 anos, estava em atendimento no Hospital de Viamão. As causas do incêndio eram desconhecidas. O comandante Fraga relatou ter encontrado um botijão de gás com o lacre rompido, mas ressaltou que apenas o trabalho da perícia poderá revelar o que de fato ocorreu. Uma amiga de Janaína, Grasiele Fabrício, esteve no HPS para acompanhar o estado de saúde de Camila, irmã das crianças que morreram: “Estou aqui porque a menina não conta com mais ninguém. Não queríamos que ela ficasse desamparada”, contou Grasiele, que também levou roupas para a garota no hospital.
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