(Zero Hora, página 35) O rompimento do pacto que previa o fim dos protestos nas estradas por parte de manifestantes ligados a praças da Brigada Militar (BM) fez o governo do Estado fincar posição nas negociações salariais com a entidade que representa os soldados, a Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf). No encontro, às 10h30min de amanhã no Palácio Piratini – que deveria ocorrer hoje, mas foi adiado –, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, exigirá explicações do presidente da Abamf, Leonel Lucas. “Queremos entender o que está acontecendo. Nós não vamos construir uma proposta, que entendemos ser importante para valorização do servidor, se continuarem esses atos”, afirmou o secretário. A Abamf, que admitiu ter apoiado sete protestos, perdeu o controle sobre os manifestantes. Queimas de pneus voltaram a ocorrer ontem. Os PMs reivindicam aumento imediato de 25% e um calendário que aponte o salário da categoria em 2014. O governo propõe reajuste de 4,5% em outubro. E conforme, Pestana, considerando os 6% concedidos em abril, os PMs ganhariam ao final do ano mais de 11% de aumento, percentual acima do que ganhou outras categorias. Além disso, o governo promete outro reajuste de 4,5% em março de 2012. As reivindicações ganharam o apoio de PMs mais graduados. O presidente da Associação dos Oficiais (Asof), José Riccardi Guimarães, esteve ontem na Abamf para prestar solidariedade e apoio às reivindicações. A Asof promete participar de ações, organizando um “movimento pela legalidade”, impedindo de rodar viaturas com peças danificadas ou impostos atrasados. Os bloqueios - Em Alegrete, na rodovia Alegrete-Rosário do Sul (BR-290), por volta das 4h30min, a estrada ficou bloqueada por 30 minutos. - Em Canoas, na estrada Tabaí-Canoas (BR-386), por volta das 4h, uma pilha de pneus interrompeu a rodovia por cerca de 45 minutos. - Na rodovia que liga Santa Vitória do Palmar a Rio Grande (BR-471), o protesto ocorreu em meia pista.
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