sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

MANUAL PARA UM VERÃO TRANQUILO


Duas tragédias, na última semana, alertam para a necessidade de cuidados com a diversão na água neste verão. Enquanto brincava em um açude, em Marau, um menino de dois anos e três meses acabou afogado. Socorrido por familiares, não resistiu. Em Rosário do Sul, irmãs gêmeas de 12 anos perderam a vida no Rio Santa Maria. Os casos ilustram o perigo existente em banhos no mar e nas chamadas águas interiores – riachos, açudes, rios, lagos, lagoas e córregos. Uma situação agravada pela combinação férias e calor, convidativa para momentos de lazer na água. Entre 1º de janeiro e 16 de dezembro, os bombeiros do Estado registraram 118 mortes (duas no mar e o restante em águas interiores) e 1.910 salvamentos (115 nas águas interiores, as demais no Litoral). Neste universo, três pessoas perderam a vida durante o veraneio – uma a menos do que em 2012, quando o índice de salvamentos foi 47,38% inferior. Segundo o comandante Regional do Corpo de Bombeiros do Litoral Norte, tenente-coronel Luiz Ernesto Duarte, 1.090 profissionais vão trabalhar na vigilância aos banhistas no Estado, entre hoje e 9 de março. Com boia, cinto e cabo de salvamento, ocuparão as guaritas das 9h às 19h, diariamente. Para Duarte, é fundamental que os veranistas procurem ocupar locais com salva-vidas: “Isso é tanto no mar quanto em águas interiores. É importante que a pessoa na praia converse com o salva-vidas, verificando pontos críticos. Nosso mar é muito perigoso”. Especializado em praias e geologia marinha, o oceanógrafo Lauro Julio Calliari atenta para a necessidade de atenção no mar. Principalmente com as correntes de retorno, que carregam o banhista para longe da praia. A orientação é jamais nadar contra a corrente e tentar se livrar dela com nado paralelo à praia. “Isto (corrente de retorno) acontece muito no Litoral Norte. Também há no Litoral Sul, mas com frequência menor”, explica. Calliari e o tenente-coronel Duarte pedem para que os veranistas sejam responsáveis, evitando entrar na água após a ingestão de álcool e jamais deixando crianças e adolescentes desacompanhados. Também é importante observar a velha máxima (mas ainda válida) do “água no umbigo, sinal de perigo” e procurar conhecer o lugar.

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