"Fiz os golpes para desviar a atenção dele", conta
o PM ninja de Barros Cassal
Mais de 36 mil visualizações no YouTube e 17,6 mil
compartilhamentos no Facebook transformaram o policial militar de Barros
Cassal, no Vale do Rio Pardo, Juarez Padilha da Silveira em celebridade. Mesmo
de férias e fora da cidade do Vale do Rio Pardo, o soldado de 42 anos e 22 anos
de profissão conta que nunca ouviu o celular tocar tanto como nos últimos dias,
após o vídeo em que aparece fazendo movimentos com o cassetete o transformaram
no PM ninja.
Em conversa com ZH, ele conta que no início ficou com medo
da repercussão dentro da Brigada Militar, mas que agora já está tranquilo
porque agiu sem excesso e ri, impressionado com a própria rapidez para driblar
o homem que incomodava em um bar — ele foi imobilizado em 15 segundos.
ENTREVISTA
Zero Hora – Qual foi a sua reação ao saber do vídeo?
Juarez Padilha – Quando uma colega me mostrou o vídeo fiquei
surpreso, porque não sabia que tinha alguém filmando. Minha primeira reação foi
ficar com medo, assustado, porque, como brigadiano, temos regras e podemos ser
julgados se agirmos com excesso. Fiquei com medo do que a corporação fosse
achar e pensei ‘vai dar problema’.
ZH – Mas a repercussão foi positiva.
Padilha – Muito. A gente que mora no Interior não tem noção
do tamanho que as coisas podem tomar. Mas no fim só recebi elogios. E na cidade
não se fala em outra coisa. Todo mundo me ligando e ligando também pros
moradores de lá, querendo saber quem eu sou. Além disso, fiquei feliz que uma
ação bem executada da Brigada fez sucesso, porque normalmente só repercute quando
a situação é pejorativa.
ZH – E por que você fez os movimentos parecidos com um
ninja?
Padilha – Eu aprendi isso num treinamento da Brigada e
depois fiz aulas de taekwondo para aprimorar a técnica com o bastão. Faz mais
de dez anos, mas não tem como esquecer. Eu sempre prefiro usar o bastão do que
a arma. Ainda mais aqui (em Barros Cassal), que a gente sabe quem é quem e
muitas vezes não tem necessidade de ser agressivo. Antes disso, ainda, eu
sempre tento resolver a situação na conversa, como nesse caso aí. Mas como não
deu, usei os golpes com o bastão pra tirar a atenção dele e depois imobilizá-lo.
(www.zerohora.com.br)
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