sexta-feira, 22 de novembro de 2013

PROPOSTA SALARIAL A BRIGADA MILITAR

O Comando da Brigada Militar vem à presença dos integrantes da Corporação, em especial aos Brigadianos e Brigadianas da carreira de nível médio, a fim de expor, de forma objetiva e direta, seu entendimento acerca das negociações que envolvem a carreira.

Primeiramente, é importante resgatar que as entidades representativas da carreira de nível médio procuraram o Governo do Estado para apresentar sua pauta de reivindicações, cujos principais pontos eram: o estabelecimento de uma política salarial até 2018; a carreira única de soldado a coronel; ingresso com exigência de nível superior e modificações no RDBM.

O Governo, então, considerando a complexidade da pauta de reivindicações, constituiu Grupo de Trabalho composto por  representantes do Governo  e de entidades representativas do pessoal de nível médio (ABAMF, ASSTBM, AOfSBM, FERPMBM e ABERGS), com a participação também da AsOfBM. Visando a aceleração dos trabalhos, o GT passou a reunir-se diretamente com o  Comandante-Geral da Brigada e com os  Secretários da Casa Civil e da Segurança Pública.

Estas negociações, intensas, respeitosas e transparentes, culminaram com a apresentação da proposta que foi remetida a toda a Corporação no dia 18.11.2013, por e-mail funcional.

Após a remessa da proposta, o Comando verificou, em contato com diversos integrantes das diferentes carreiras e dos mais variados postos e graduações, que existem diferentes e, até mesmo, contraditórios entendimentos sobre o mérito do que foi consensuado na mesa de negociações. A tropa demonstra que existem não só insatisfações, naturais em qualquer negociação deste tipo, mas principalmente dúvidas quanto a algumas das alterações propostas. Verifica-se, por exemplo, que determinados pontos, ao mesmo tempo, agradam plenamente a alguns integrantes da carreira e trazem considerável insatisfação a outros.

Esta situação não contempla o interesse do Comando e nem do Governo, trazendo insatisfações para todos. O Governo e este Comando trabalham no sentido de que o fruto das negociações seja uma CONQUISTA para todos e não um RETROCESSO.

Em outros momentos destes 176 anos da nossa Brigada Militar tivemos episódios em que a falta de diálogo e comprometimento com os interesses da Corporação levaram nós, Brigadianos e Brigadianas, a uma situação de insatisfação extrema. Alguns destes episódios, especialmente nos anos 90, deixaram até hoje, no seio da tropa, um sentimento de desvalorização e desconsideração pela Instituição e por seus integrantes.

Tendo isto em mente, o Comando da Corporação vem à presença dos Brigadianos e Brigadianas  apresentar uma segunda alternativa para debate. A proposta do Governo, hoje, contempla muitos dos pontos da pauta e não retira direito algum. Entendemos que a proposta é, portanto, um avanço para todos os integrantes da carreira de nível médio. Porém, em face das dúvidas e insatisfações que se verifica em parte da tropa, o Comando propõe que seja analisada, pela Casa Civil, também, a possibilidade de que neste ano seja apenas encaminhada a proposta de reajuste até 2018, deixando a remessa de qualquer alteração na carreira para um momento posterior à realização de uma consulta a todos integrantes da Instituição acerca das propostas de mudanças na carreira em discussão. O Comando entende que, desta forma, será possível, realmente, consolidar o debate dentro da Brigada sobre as propostas apresentadas e verificar qual aquela que mais atende ao interesse dos Brigadianos e Brigadianas. E assim, continuaremos valorizando os homens e mulheres que integram  a nossa instituição de modo respeitoso e com transparência para debater um tema extremamente importante para a Corporação e para o Estado.



CORONEL FÁBIO DUARTE FERNANDES
COMANDANTE GERAL DA BRIGADA MILITAR

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