Nem
todo tipo de informação a respeito do poder público será divulgado, como
preconiza a nova Lei de Acesso à Informação. Dados estratégicos como número de
policiais em determinados locais, de armamentos disponíveis ou de viaturas
serão triados e, possivelmente, bloqueados à divulgação. É o que decidiram
autoridades estaduais esta semana. Um dos 340 pedidos recebidos pelo Executivo
até a última sexta-feira foi, justamente, a respeito do número de policiais em
uma rua de Porto Alegre. A subchefe de Ética, Controle Público e Transparência
da Casa Civil, Juliana Foernges, explicou à Rádio Gaúcha que essa informação
será negada porque é um dado que pode auxiliar criminosos. O coronel Sérgio
Abreu, comandante-geral da Brigada Militar, concorda com o posicionamento da
representante da Casa Civil e diz que alguns pedidos do gênero serão vetados. “São
duas razões: temos um trabalho dinâmico e, muitas vezes, o efetivo em
determinado lugar muda do dia para a noite. O outro motivo é que esse tipo de
informação pode auxiliar os criminosos. E não queremos isso, queremos?”,
explica Abreu. O coronel ressalta que a BM pretende fornecer aos cidadãos o
maior número possível de informações, desde que não ponha em risco a
comunidade. Está em elaboração um conjunto de normas para garantir acesso dos
moradores à estrutura geral do policiamento. Serão divulgados telefones dos
comandantes de batalhões e companhias da BM, e deve ser disponibilizado um
telefone para dúvidas. O comandante ressalta, porém, que diretrizes táticas não
serão detalhadas. “Usaremos bom senso. Se temos informação de que algum crime
pode acontecer em determinado lugar ou que a área tem uma boca de fumo,
agiremos antes de divulgar. O fator surpresa é importante no combate à
criminalidade”, justifica Sérgio Abreu.
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