(Zero Hora. Página 43) Insatisfeitos com a votação em regime de urgência do Projeto de Lei 448/2011, oficiais da Brigada Militar abriram ontem um fogo retórico contra o governo do Estado. O projeto introduz modificações nos critérios de promoção para oficial e, segundo o presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar, José Riccardi Guimarães, “macula” a “lua de mel” entre a corporação e o governador Tarso Genro.
No governo, de acordo com o que apurou Zero Hora ontem, há uma tendência de retirar a urgência do projeto. Motivo: uma das principais reclamações é a de que não houve discussão suficiente sobre o conteúdo do documento. Oficialmente, porém, o comandante da Brigada Militar, Sérgio Abreu, assegura que isso não ocorrerá, uma vez que, segundo ele, o projeto não interfere nas promoções – apenas possibilita a ampliação do número de policiais que podem subir na carreira. Caso não seja retirado o regime de urgência, o projeto trancará a pauta a partir da próxima quarta-feira. Ou seja, antes de ele ser votado, nada mais poderá entrar na pauta. Deputados da oposição já teriam pedido a Tarso que retire a urgência, para permitir o debate com a Brigada. E Tarso, que tem buscado uma maior aproximação com a corporação, teria demonstrado receptividade a essa possibilidade. “O pecado capital do projeto é que foi encaminhado por alguém do Executivo de afogadilho, dando as costas para os oficiais da Brigada. O projeto diminui o interstício das promoções. Ou seja, o sujeito com menos tempo no posto pode se tornar coronel”, disse Riccardi, acrescentando que o projeto “banaliza” as promoções e pode servir para favorecer “os amigos do rei”. Isso, segundo ele, “lembra o período de exceção”, com privilégio à “subjetividade” nas promoções. “O governo está dando um tiro no pé. Está no caminho de conquistar a oficialidade por meio da confiança e coloca um projeto em regime de urgência. Quebra a confiança dos oficiais. A meritocracia fica em segundo plano e volta o padrão subjetivo”, completou Riccardi, definindo a situação como de desconforto.
O secretário da Segurança, Airton Michels, adiantou que o comandante da Brigada Militar se manifestará hoje sobre o assunto. Para ZH, o comandante afirmou que não pensa na retirada da urgência e contestou os oficiais: “Não sabemos a origem da polêmica. O projeto não muda a estrutura das promoções. Há uma ampliação nas possibilidades de ser promovido.” PORTO ALEGRE
No governo, de acordo com o que apurou Zero Hora ontem, há uma tendência de retirar a urgência do projeto. Motivo: uma das principais reclamações é a de que não houve discussão suficiente sobre o conteúdo do documento. Oficialmente, porém, o comandante da Brigada Militar, Sérgio Abreu, assegura que isso não ocorrerá, uma vez que, segundo ele, o projeto não interfere nas promoções – apenas possibilita a ampliação do número de policiais que podem subir na carreira. Caso não seja retirado o regime de urgência, o projeto trancará a pauta a partir da próxima quarta-feira. Ou seja, antes de ele ser votado, nada mais poderá entrar na pauta. Deputados da oposição já teriam pedido a Tarso que retire a urgência, para permitir o debate com a Brigada. E Tarso, que tem buscado uma maior aproximação com a corporação, teria demonstrado receptividade a essa possibilidade. “O pecado capital do projeto é que foi encaminhado por alguém do Executivo de afogadilho, dando as costas para os oficiais da Brigada. O projeto diminui o interstício das promoções. Ou seja, o sujeito com menos tempo no posto pode se tornar coronel”, disse Riccardi, acrescentando que o projeto “banaliza” as promoções e pode servir para favorecer “os amigos do rei”. Isso, segundo ele, “lembra o período de exceção”, com privilégio à “subjetividade” nas promoções. “O governo está dando um tiro no pé. Está no caminho de conquistar a oficialidade por meio da confiança e coloca um projeto em regime de urgência. Quebra a confiança dos oficiais. A meritocracia fica em segundo plano e volta o padrão subjetivo”, completou Riccardi, definindo a situação como de desconforto.
O secretário da Segurança, Airton Michels, adiantou que o comandante da Brigada Militar se manifestará hoje sobre o assunto. Para ZH, o comandante afirmou que não pensa na retirada da urgência e contestou os oficiais: “Não sabemos a origem da polêmica. O projeto não muda a estrutura das promoções. Há uma ampliação nas possibilidades de ser promovido.” PORTO ALEGRE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Visite nosso Blog: http://cpmbmrs.blogspot.com.br - Comente a vontade nossas matérias. Obrigado.