quinta-feira, 28 de julho de 2011

MENINO DE DOIS ANOS É ENCONTRADO PELA BM/RS ANDANDO PELA RUA AS DUAS DA MADRUGADA - A TRAVESSURA QUE DEIXOU UMA FAMILIA EM PÂNICO EM CANOAS


Quando despertou do sono, no início da madrugada de ontem, em CANOAS, o menino de dois anos escorregou da cama sem fazer ruído. Pegou o carrinho preferido, agarrou a mamadeira e calçou as pantufas em forma de cachorrinho. Sem que ninguém percebesse, abriu a porta de casa e saiu pelo portão. Sozinho, andou um quilômetro em linha reta. Virou o assunto na cidade. E quase matou a mãe de susto. De calça de abrigo azul e blusão cinza, o garoto percorreu a Rua Clóvis Beviláqua, no bairro Harmonia, até ser encontrado na calçada por dois policiais militares, por volta da 1h30min. Eles faziam a ronda de rotina. Surpresos, o sargento Mario Francisco Saifer dos Santos e o soldado Tiago Moraes Kemle, do 15º Batalhão de Polícia Militar, pararam o carro e conversaram com a criança. Estavam preocupados, porque o local costuma abrigar usuários de crack. Embora não aparentasse estar ferido, foi levado para o Hospital de Pronto Socorro de Canoas. Enquanto era examinado, o menino sorridente fez sucesso entre as enfermeiras e mostrou interesse pelos computadores. “Era a coisa mais querida. Deu beijo em todo mundo”, relata a conselheira tutelar Carla Dorneles, 29 anos. Para alívio de todos, o paciente estava muito bem – exceto pelas fraldas, que precisaram ser trocadas. No bolso da calça, foi encontrada apenas uma das rodas de plástico do carrinho. Nada mais. Até ali, a história do menino permanecia um mistério, e ele foi levado para um abrigo. Não demorou para que o caso fosse parar na imprensa. Rádios, sites e programas de TV divulgaram a notícia inusitada. Do outro lado da cidade, por volta das 4h, o microempresário Pedro Donati, 52 anos, acordou sobressaltado, com um telefonema da filha. A frentista Giovana Donati, 23 anos, chorava: “Pai, o Artur sumiu...” Depois de revirar a casa do avesso e procurar na vizinhança, Giovana ligou para a Brigada Militar. Soube que seu único filho estava a salvo. Ela teve de prestar explicações ao Conselho Tutelar. Chorou e concluiu que o menino havia conseguido abrir a porta de casa. “Como não havia qualquer histórico de negligência, o menino pôde voltar para casa”, disse a promotora da Infância e da Juventude de Canoas, Andrea da Silva Uequed. O esperado reencontro ocorreu no fim da tarde de ontem. O avô teve uma conversa com o neto: “Ele disse assim, todo faceiro: Vô, eu fugi da mamãe e fui fazer tchau, tchau com a polícia”. 
(Zero Hora - pag 36).

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