sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Desarticulada quadrilha de detentos do semiaberto que roubava veículos no Vale do Sinos Desde o início da ação policial, foram apreendidos três carros clonados, um caminhão e armas
Na manhã desta quinta-feira, um apenado foi preso na saída do semiaberto de São Leopoldo e uma mulher foi presa em flagrante. Ao todo, já são sete detidos. De acordo com o delegado Rodrigo Zucco, esse detento cumpre pena de 15 anos e oito meses pelo latrocínio de um empresário do Vale do Sinos. A quadrilha também utiliza mulheres, basicamente na parte da extorsão.
Na quarta-feira, dois ex-detentos do semiaberto foram presos. Além de serem encarregados de expandir as ações dos Bala na Cara na região, no ano passado teriam invadido hospital para matar integrante de facção rival. A dupla tem várias passagens na polícia por tráfico e homicídios.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Comando Metropolitano tem novo Comandante
Ocorreu no dia 23/02/2015, com a presença do Secretário de Segurança Publica do RS, WANTUIR BRASIL JACINI e o Comandante-Geral da Brigada Militar Cel QOEM ALFEU FREITAS MOREIRA, o ato solene de Passagem de Comando do Comando de Policiamento Metropolitano – CPM, da Brigada Militar, onde o atual Comandante, Ten Cel QOEM ROGERIO MACIEL DA SILVA, passou a função ao Ten Cel QOEM SIDENIR CARDOSO DE OLIVEIRA.
A solenidade ocorreu na Sede do
CPM – Av. Santos Ferreira,
4321 (junto
ao 15º BPM), com a presença do efetivo que compõe os oito comandos da região metropolitana e seus respectivos Comandantes, autoridades civis e militares, além de convidados.
A passagem do Comando do Policiamento Metropolitano (CPM) ocorreu em Canoas, quando o tenente-coronel Sedenir Cardoso de Oliveira assumiu, substituindo ao tenente-coronel Rogério Maciel da Silva, que passa a comandar o Centro Sul, em Guaíba. A solenidade foi na sede do CPM e contou com a presença do secretário da Segurança Pública, Wantuir Jacini, do comandante-geral da Brigada Militar, coronel Alfeu Freitas Moreira, e do deputado estadual Jorge Pozzobom.
Jacini destacou a
importância estratégica da atuação do Comando de Policiamento
Metropolitano, ressaltando que ele "é responsável direto pelo
enfrentamento à criminalidade em uma das regiões que mais demandam ações
na área da segurança. Temos a confiança de que o trabalho continuará a
ser desempenhado com o empenho de sempre, dentro das diretrizes
estabelecidas para o nosso projeto".
O
comandante-geral da BM destacou o trabalho diuturno dos policiais que
atuam na região. "Todo dia esses homens e mulheres se arriscam cumprindo
sua missão, muitas vezes com a própria vida. São mais de 4 mil
ligações/dia para o 190 dessa região com os mais diferentes tipos de
ocorrências demandadas", alertou o coronel Freitas. Ele desejou sucesso
ao novo comandante, reafirmando a importância deste Comando
para a redução de indicadores de criminalidade pelas características de
algumas cidades que fazem parte do CPM.
Este é o
órgão da Brigada Militar responsável pela coordenação das ações de
polícia ostensiva na Região Metropolitana de Porto Alegre. O CPM é
integrado por sete batalhões e nove municípios que são Sapucaia do Sul,
Esteio. Gravataí (Glorinha), Viamão, Cachoeirinha, Canoas (Nova Santa
Rita) e Alvorada.
Também prestigiam a cerimônia os
prefeitos de Cachoeirinha, Vicente Pires, de Alvorada, Sérgio Bertoldi,
representantes das Forças Armadas e autoridades dos municípios da Região
Metropolitana. No final do evento, os presentes acompanharam o
descerramento da foto do ex-comandante do CPM e atual subcomandante da
BM, coronel Paulo Moacyr Stocker dos Santos.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Operação Viagem Segura
Mais de 6,8 mil testes do etilômetro foram aplicados pela
fiscalização da zero hora de sexta-feira (13) até a meia-noite dessa
terça-feira (17) na Operação Viagem Segura de Carnaval. A ação integrada das
polícias resultou em 285 motoristas flagrados alcoolizados, dos quais 119
enquadrados em crime de trânsito. O balanço é parcial, já que a operação se
estende até a meia-noite desta quarta-feira (18).
Nos cinco dias de operação, Polícia Rodoviária Federal,
Brigada Militar e Comando Rodoviário da BM fiscalizaram quase 86 mil veículos e
registraram 18 mil infrações. A fiscalização recolheu, ainda, 1.261 mil
veículos e 580 CNHs irregulares.
A Operação Viagem Segura de Carnaval registrou um total de
741 acidentes no feriado de Carnaval, dos quais 15 com vítimas fatais e 303 com
lesões. Esses acidentes deixaram 20 mortos e 436 feridos.
Esta é a 40ª edição da operação Viagem Segura, operação
integrada que reúne diversos órgãos e entidades em atividades de fiscalização e
educação, buscando prevenir acidentes nos feriados e datas
comemorativas. Nas 39 operações já realizadas foram mais de 3,4
milhões de veículos foram fiscalizados e 80 mil testes de etilômetro aplicados.
sábado, 14 de fevereiro de 2015
REFORMA NA PREVIDÊNCIA
Rosane de Oliveira
Está nos planos do governador José Ivo
Sartori propor à Assembleia mudança radical na previdência dos
servidores públicos. A ideia é garantir a aposentadoria até o teto do
INSS e adotar o sistema complementar para quem quiser renda maior na
inatividade.
A justificativa é de que mesmo o fundo criado no governo de Tarso
Genro para os novos servidores não tem sustentabilidade atuarial.O projeto ainda não está maduro para entrar no pacote de fevereiro, que será apresentado depois do Carnaval.
CORTE DE GRATIFICAÇÃO
No pacote de medidas para conter gastos,
está uma revisão criteriosa das gratificações pagas a servidores
públicos para que continuem trabalhando depois de completarem o tempo e
as condições para a aposentadoria.
As gratificações só serão mantidas para quem for considerado realmente indispensável na função.A avaliação preliminar é de que o Estado pode oferecer os mesmos serviços com menor número de servidores, se todos cumprirem a carga horária e as tarefas inerentes às funções.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Trafico de Entorpecentes em Esteio
A Brigada Militar, por meio do 34º
Batalhão de Polícia Militar de ESTEIO/RS, na terça-feira (10/02), próximo das
18h, efetuou a prisão de um suspeito na Rua Padre Anchieta, bairro Novo Esteio.
Durante patrulhamento a guarnição avistou um indivíduo em atitude suspeita o
qual foi abordado e identificado, durante revista pessoal foi localizado na
posse de 04 prensados de maconha e a quantia de R$ 129,25 (Cento e vinte e nove
reais e vinte e cinco centavos) em dinheiro trocado. Diante do fato foi dada
voz de prisão ao individuo, o qual foi autuado em flagrante pelo crime de
Entorpecente Trafico.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
Escutas revelam detalhes de "estatuto" de facção criminosa no Estado Semelhante ao PCC, "os Manos" pedem dinheiro aos integrantes para compra de fuzis
Entre as gravações de ligações telefônicas em presídios gaúchos reveladas na manhã dessa segunda-feira (09) durante operação do Ministério Público, estão os detalhes sobre um "estatuto" que a facção dos "Manos" implementava, aos moldes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Escutas dos MANOS:
ESCUTA 1:
http://videos.clicrbs.com.br/rs/diariogaucho/audio/diario-gaucho/2015/02/audio-estatuto-dos-manos-pede-pagamento-200-para-cada-integrante/113716
ESCUTA 2:
http://videos.clicrbs.com.br/rs/diariogaucho/audio/diario-gaucho/2015/02/audio-estatuto-dos-manos-pede-pagamento-200-para-cada-integrante/113717
ESCUTA 3:
http://videos.clicrbs.com.br/rs/diariogaucho/audio/diario-gaucho/2015/02/audio-pichacao-para-demonstrar-poder/113718
Escutas dos MANOS:
ESCUTA 1:
http://videos.clicrbs.com.br/rs/diariogaucho/audio/diario-gaucho/2015/02/audio-estatuto-dos-manos-pede-pagamento-200-para-cada-integrante/113716
ESCUTA 2:
http://videos.clicrbs.com.br/rs/diariogaucho/audio/diario-gaucho/2015/02/audio-estatuto-dos-manos-pede-pagamento-200-para-cada-integrante/113717
ESCUTA 3:
http://videos.clicrbs.com.br/rs/diariogaucho/audio/diario-gaucho/2015/02/audio-pichacao-para-demonstrar-poder/113718
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
“VAQUINHA” DE CRIMINOSOS PARA COMPRA DE ARMAS - 50 FUZIS
A partir das celas da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), a facção Os Manos planejava havia pelo menos um ano uma “vaquinha” milionária. Os valores, estimados em R$ 1,3 milhão, seriam arrecadados com a “mensalidade” de R$ 200 de pelo menos 450 criminosos ligados à organização do Vale do Sinos. O pagamento seria a principal cláusula do “estatuto dos Manos”, que vinha sendo criado dentro da cadeia. A revelação foi feita ontem pelo Ministério Público Estadual (MP), com a deflagração da Operação Kommunication, em conjunto com a Brigada Militar e a Susepe. O plano foi descoberto a partir de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Ao todo, foram apreendidos R$ 32 mil durante 12 meses de investigações, além de cédulas de euros, dólares e até moeda chinesa. O principal objetivo da facção era munir-se de armas. Em uma das escutas, um dos presos admite ter comprado um lote de 50 fuzis. Desde setembro do ano passado, o MP está à caça deste arsenal. “É como se fossem empresários se organizando em consórcio para dominar um mercado a partir dos seus escritórios”, resume o promotor Ricardo Herbstrith, que, em abril de 2014, desencadeou a primeira fase da ofensiva contra os Manos. Na ocasião, a Operação Praefectus revelou como a facção exige pagamentos dos detentos de suas galerias no Presídio Central. Ontem, 13 pessoas foram presas – cinco já eram detentos na Pasc e na Modulada de Charqueadas. O restante foi capturado em Campo Bom, São Leopoldo, Guaíba, Igrejinha e Porto Alegre. Em cinco celas da Pasc, também foram localizados cinco celulares e 10 chips. Ao longo da investigação, foram presas 30 pessoas, com apreensões de 31 quilos de crack, 32 de maconha e cinco de cocaína, três carros clonados, um fuzil, 10 pistolas, duas espingardas, uma submetralhadora e três coletes. De dentro da Pasc, também partiam ordens para execução de inimigos e, em pelo menos um caso flagrado pelas escutas, um detento, com o apelido de Maria, ouve o crime sendo cometido na Serra. “Foi frustrante para nós, porque no momento que interceptamos a informação, não conseguimos precisar onde era”, afirma o promotor Ricardo Herbstrith. Maria é apontado como um dos gerentes do bando. Eles transmitiam a maior parte das ordens para evitar a interceptação de patrões.Em setembro de 2014, descontentes com um gerente do tráfico em um loteamento da Vila Santa Marta, no bairro Campina, em São Leopoldo, a facção ordenou invasão à vila. Na ocasião, oito homens armados em uma Kombi foram interceptados pela Brigada Militar – três pessoas morreram.
FARRA DO PÓ NO PRESIDIO
Farra do pó no presídio - "Não existe controle no
Central", afirma juiz sobre tráfico de drogas no interior de penitenciária.
Juiz da Vara de Execuções Criminais Sidinei Brzuska diz que
é a primeira vez que assiste a um vídeo com teor feito dentro do Presídio
Central
Nos quatro anos anteriores a 2014, segundo o juiz, a
apreensão de drogas dentro do Central chegou a 60 kg, dos quais apenas 20%
foram apreendidos nas revistas. O restante entra por caminhos nebulosos e
alimenta farras DE COCAINA.
O surpreendente, segundo Sidinei, é o vazamento das cenas,
que, além de expor a total FALTA DE CONTROLE DO ESTADO dentro das galerias,
pode ter diversas implicações, tanto no âmbito das organizações criminosas
quanto no político.
Diário Gaúcho – As imagens o surpreenderam?
Sidinei Brzuska – O que aparece ali não é nenhuma novidade. O vídeo é bem explícito e revela uma coisa que acontece não só naquela galeria, mas também em outras, em que sabemos que existe alto consumo de drogas. Temos relatos de familiares e de presos que saem das galerias e nos contam esse tipo de coisa. A novidade desse vídeo é que, pela primeira vez, alguém teve coragem de vazar as imagens. Isto eu nunca tinha visto acontecer.
Sidinei Brzuska – O que aparece ali não é nenhuma novidade. O vídeo é bem explícito e revela uma coisa que acontece não só naquela galeria, mas também em outras, em que sabemos que existe alto consumo de drogas. Temos relatos de familiares e de presos que saem das galerias e nos contam esse tipo de coisa. A novidade desse vídeo é que, pela primeira vez, alguém teve coragem de vazar as imagens. Isto eu nunca tinha visto acontecer.
DG – Mas o senhor já teve acesso a imagens com este
tipo de conteúdo antes?
Sidinei – Não. É a primeira vez. Já pegamos telefones com selfies de presos, um fotografando o outro com armas no peito, por exemplo, mas sempre imagens individuais, onde apenas uma pessoa se coloca em risco e não vai querer se queimar permitindo que isso vaze. É a primeira vez que vejo filmarem o interior da galeria e a coletividade, aquela quantidade de presos envolvidos.
Sidinei – Não. É a primeira vez. Já pegamos telefones com selfies de presos, um fotografando o outro com armas no peito, por exemplo, mas sempre imagens individuais, onde apenas uma pessoa se coloca em risco e não vai querer se queimar permitindo que isso vaze. É a primeira vez que vejo filmarem o interior da galeria e a coletividade, aquela quantidade de presos envolvidos.
DG – É possível identificar pela imagem qual o pavilhão
onde a farra do pó aconteceu e, a partir disso, supor quem teria comandado a
festa?
Sidinei – Pelo que eu vi, é a primeira galeria do pavilhão B, historicamente dominado pela facção dos Abertos.
Sidinei – Pelo que eu vi, é a primeira galeria do pavilhão B, historicamente dominado pela facção dos Abertos.
DG – Que penalidades estes presos podem sofrer por
conta deste episódio?
Sidinei – Do ponto de vista da execução da pena, isto tem uma interferência quase insignificante. Identificados os usuários, serão punidos por consumo, provavelmente com uma suspensão de visita por 30 dias, rebaixamento da conduta carcerária, talvez um isolamento por dez dias. Essa é a pena que o Estado aplica. Mas o preso que faz isso não está preocupado com essa consequência. A preocupação é da facção que controla o lugar em se manter no comando, e com a divulgação desse vídeo isso pode mudar. Identificado pela administração quem patrocinou a droga e fez a festinha, esse criminoso vai ser retirado da galeria, e isso sim é uma penalidade pra ele, porque enfraquece o comando. Só que ele vai cobrar essa conta de quem fez e de quem vazou o vídeo, e a pena pra esses camaradas é bem mais severa. A pena aplicada pelas facções é a morte.
Sidinei – Do ponto de vista da execução da pena, isto tem uma interferência quase insignificante. Identificados os usuários, serão punidos por consumo, provavelmente com uma suspensão de visita por 30 dias, rebaixamento da conduta carcerária, talvez um isolamento por dez dias. Essa é a pena que o Estado aplica. Mas o preso que faz isso não está preocupado com essa consequência. A preocupação é da facção que controla o lugar em se manter no comando, e com a divulgação desse vídeo isso pode mudar. Identificado pela administração quem patrocinou a droga e fez a festinha, esse criminoso vai ser retirado da galeria, e isso sim é uma penalidade pra ele, porque enfraquece o comando. Só que ele vai cobrar essa conta de quem fez e de quem vazou o vídeo, e a pena pra esses camaradas é bem mais severa. A pena aplicada pelas facções é a morte.
DG – Do ponto de vista institucional, que consequências
o senhor acredita que pode ter a divulgação destas imagens?
Sidinei – O que a administração do Central pode fazer é retirar o plantão da galeria, assim como o governo do Estado pode retirar o diretor do Central. Mas estas duas medidas terão impacto zero no controle de drogas lá dentro. Seria mais uma resposta política.
Sidinei – O que a administração do Central pode fazer é retirar o plantão da galeria, assim como o governo do Estado pode retirar o diretor do Central. Mas estas duas medidas terão impacto zero no controle de drogas lá dentro. Seria mais uma resposta política.
DG – Que medidas poderiam ser tomadas para impedir o
uso de drogas dentro da cadeia?
Sidinei – Estas medidas teriam que passar pela desconstrução do Central. Com a estrutura física e de engenharia que ele tem hoje _ com galerias abertas, sem grades internas, sem guardas vigiando, sem câmeras de segurança filmando o que acontece lá dentro _ não é possível ter absolutamente nenhum controle sobre isso. Hoje, no térreo, antes dos três andares de galerias onde ficam os presos, existe um corredor onde fica a inspetoria que, no entanto, não tem qualquer visualização do que se passa nas galerias. Em cada uma delas, existem olheiros, os campanas. Se um brigadiano resolve ir até lá ver o que está acontecendo, antes que ele chegue, toda a galeria já foi avisada pelo olheiro de que o PM está chegando. Não há forma de controle sobre isso.
Sidinei – Estas medidas teriam que passar pela desconstrução do Central. Com a estrutura física e de engenharia que ele tem hoje _ com galerias abertas, sem grades internas, sem guardas vigiando, sem câmeras de segurança filmando o que acontece lá dentro _ não é possível ter absolutamente nenhum controle sobre isso. Hoje, no térreo, antes dos três andares de galerias onde ficam os presos, existe um corredor onde fica a inspetoria que, no entanto, não tem qualquer visualização do que se passa nas galerias. Em cada uma delas, existem olheiros, os campanas. Se um brigadiano resolve ir até lá ver o que está acontecendo, antes que ele chegue, toda a galeria já foi avisada pelo olheiro de que o PM está chegando. Não há forma de controle sobre isso.
DG – Qual o panorama da circulação de drogas nos
corredores do Central?
Sidinei – Apenas duas galerias são livres de drogas. Isto representa de 2% a 3% da população total do Central. E essas galerias são assim não por vontade do Estado, mas por vontade dos presos. Eles não aceitam drogas e expulsam quem tenta entrar com drogas lá. Mas nos últimos quatro anos, sem contar 2014, que ainda não está com dados finalizados, a apreensão de drogas dentro do Presídio Central chegou a 60kg. Isso torna, possivelmente, o quarteirão do Central o local onde mais se consome drogas no Estado. Proporcionalmente, no meu entendimento, é um pequeno município onde a maioria das pessoas consume drogas.
Sidinei – Apenas duas galerias são livres de drogas. Isto representa de 2% a 3% da população total do Central. E essas galerias são assim não por vontade do Estado, mas por vontade dos presos. Eles não aceitam drogas e expulsam quem tenta entrar com drogas lá. Mas nos últimos quatro anos, sem contar 2014, que ainda não está com dados finalizados, a apreensão de drogas dentro do Presídio Central chegou a 60kg. Isso torna, possivelmente, o quarteirão do Central o local onde mais se consome drogas no Estado. Proporcionalmente, no meu entendimento, é um pequeno município onde a maioria das pessoas consume drogas.
DG – E qual é a porta de entrada destas drogas?
Sidinei – Apenas 20% dessa quantidade apreendida nos últimos quatro anos é pega nas revistas, o resto é apreendido nas galerias. A apreensão de drogas com visitantes é caracterizada por pequenas quantidades. As grandes porções de drogas devem fazer o mesmo caminho que as armas, um caminho que não passa pela revista. É muito difícil fazer uma acusação sobre responsáveis por estas entradas, mas, no ano passado, por exemplo, tivemos a prisão em flagrante de um policial que entrou com 1kg de maconha e R$ 4 mil. É uma possibilidade (a entrada por policiais). Também tem as entradas pelos muros, por arremesso. Não é excluída essa forma, assim como as visitas, mas não para grandes quantidades.
Sidinei – Apenas 20% dessa quantidade apreendida nos últimos quatro anos é pega nas revistas, o resto é apreendido nas galerias. A apreensão de drogas com visitantes é caracterizada por pequenas quantidades. As grandes porções de drogas devem fazer o mesmo caminho que as armas, um caminho que não passa pela revista. É muito difícil fazer uma acusação sobre responsáveis por estas entradas, mas, no ano passado, por exemplo, tivemos a prisão em flagrante de um policial que entrou com 1kg de maconha e R$ 4 mil. É uma possibilidade (a entrada por policiais). Também tem as entradas pelos muros, por arremesso. Não é excluída essa forma, assim como as visitas, mas não para grandes quantidades.
DG – Dá para imaginar alguma maneira de retomar o
controle perdido?
Sidinei – A mudança disso implica numa mudança cultural que é a mais difícil de todas. O preso não pode ser provedor da galeria. Tudo o que tem na galeria não foi provido pelo Estado, a não ser um ou outro colchão, parede, luz e água. Todos os demais bens entram pelo preso e seus familiares, como televisão, geladeira, ventilador etc. Essas coisas entram junto com armas e drogas. Promover essa mudança implica gastar mais com o preso, e isso encarece o Estado. O preso se vira como pode, em cima da facção criminosa ou do familiar. Hoje, a nossa cultura é essa e tem que mudar: aqui dentro, não, não vai ter nada que eu, Estado, não coloque.
Sidinei – A mudança disso implica numa mudança cultural que é a mais difícil de todas. O preso não pode ser provedor da galeria. Tudo o que tem na galeria não foi provido pelo Estado, a não ser um ou outro colchão, parede, luz e água. Todos os demais bens entram pelo preso e seus familiares, como televisão, geladeira, ventilador etc. Essas coisas entram junto com armas e drogas. Promover essa mudança implica gastar mais com o preso, e isso encarece o Estado. O preso se vira como pode, em cima da facção criminosa ou do familiar. Hoje, a nossa cultura é essa e tem que mudar: aqui dentro, não, não vai ter nada que eu, Estado, não coloque.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
Especialização em Segurança Pública, Cidadania e Diversidade
Está aberto o edital do curso de Especialização em Segurança Pública, Cidadania e Diversidade.
Processo seletivo
O processo seletivo acontecerá em duas etapas, sendo composto por uma
prova escrita e uma entrevista, ambas de caráter eliminatório e classificatório.
O não comparecimento a qualquer uma das etapas implicará a
desclassificação sumária do candidato.
Inicio das aulas: 09/03/2015.
Inscrições
Somente pela internet, no endereço: http://goo.gl/forms/F4QJ5GGWRl
Período: 22/01/2015 a 20/02/2015
Informações: 51 3308.7315 - segcidad@ufrgs.br
Processo seletivo
O processo seletivo acontecerá em duas etapas, sendo composto por uma
prova escrita e uma entrevista, ambas de caráter eliminatório e classificatório.
O não comparecimento a qualquer uma das etapas implicará a
desclassificação sumária do candidato.
Inicio das aulas: 09/03/2015.
Inscrições
Somente pela internet, no endereço: http://goo.gl/forms/F4QJ5GGWRl
Período: 22/01/2015 a 20/02/2015
Informações: 51 3308.7315 - segcidad@ufrgs.br
Presídios se tornaram escritório do crime - Presos mandam matar pelo celular - QUAL A NOVIDADE???
Criminosos estão utilizando celas das penitenciárias de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), Modulada de Charqueadas e do Presídio Central de Porto Alegre para ordenar assassinatos e gerenciar o tráfico de drogas em Campo Bom, São Leopoldo, Guaíba, Igrejinha e na Capital. Segundo o Ministério Público (MP), que cumpriu 10 mandados de prisão preventiva e outros de busca nessas cidades na manhã de hoje, eles utilizam smartphones livremente "como se estivessem em escritórios".
Conforme o promotor Ricardo Herbstrith, a investigação começou em junho de 2014, após a Operação Praefectus, que revelou a ação de chefes de galerias do Presídio Central. Os suspeitos pertencem à facção Manos e são focados no tráfico. No decorrer da ação do MP, 30 pessoas foram presas e houve a apreensão de 31 quilos de crack, 32 quilos de maconha, cinco quilos de cocaína, três veículos clonados, um fuzil, dez pistolas, duas espingardas, uma submetralhadora e três coletes.
Secretário de Segurança diz que celulares em presídios são inaceitáveis– A partir das celas, eles administram suas células criminosas como se estivessem em escritórios – diz o promotor Ricardo Herbstrith.
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