quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
divulgado retrato falado de estuprador de Gravataí
A Polícia Civil segue
em busca de informações que levem à identificação de um homem que violentou uma
mulher em 14 de fevereiro, no bairro Parque dos Anjos, em Gravataí. Na
segunda-feira, a Delegacia da Mulher de Gravataí divulgou um retrato falado
digital do estuprador e pediu a colaboração da comunidade para tentar
identificá-lo. Conforme a delegada Simone Chaves, da Delegacia da Mulher, várias
denúncias chegaram à DP dando o nome de um suspeito. Um deles chegou a ser
detido na empresa em que trabalha, em Glorinha, e foi submetido a reconhecimento
pessoal – a vítima apontou que ele não era o estuprador. Além disso, o homem e
seus patrões contaram que ele estava no trabalho no horário do crime.
Informações podem ser dadas pelos telefones 181 ou (51) 3431-5273
BANDIDO MORRE EM TIROTEIO EM ESTEIO
Um bandido morreu durante tiroteio com a polícia no início da
noite de ontem, em Esteio. Uma policial teve o
carro roubado por três homens quando chegava em casa, em Sapucaia do Sul. Após
a localização do veículo, houve perseguição e troca de tiros.
Um dos criminosos morreu e os outros dois ficaram feridos. Um fugiu e outro foi encaminhado ao hospital em estado regular. Ele foi autuado em flagrante por roubo a mão armada e tentativa de homicídio. Durante a fuga, uma criança foi atropelada pelos bandidos. Até o final da noite, ela estava em estado regular.
Um dos criminosos morreu e os outros dois ficaram feridos. Um fugiu e outro foi encaminhado ao hospital em estado regular. Ele foi autuado em flagrante por roubo a mão armada e tentativa de homicídio. Durante a fuga, uma criança foi atropelada pelos bandidos. Até o final da noite, ela estava em estado regular.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Brigada Militar vistoria desmanches em Canoas, Esteio e Sapucaia do Sul
Operação conjunta pretende reduzir casos de roubo de veículo na região.
Operação conjunta desencadeada na tarde desta terça-feira pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Canoas, com o apoio da Brigada Militar, está percorrendo desmanches de Canoas, Esteio e Sapucaia do Sul. Na cidade o trabalho tem o apoio ainda da Guarda Municipal.Batizada de Auto Saturação, a operação é resultado de um mês e meio de investigação. O trabalho iniciou no dia 7 de janeiro após uma prisão em flagrante por roubo de veículo em Canoas. Em um desmanche localizado no bairro Rio Branco, em Canoas, vistoriado nesta tarde pelos agentes, a polícia já havia localizado dois carros roubados recentemente.
Ao todo os policiais estão cumprindo 10 mandados de
busca e apreensão em desmanches das três cidades. O objetivo é vistoriar
a procedência de carros e peças encontrados no local. De acordo com o
delegado Tiago Almeida Lacerda, da Delegacia de Furtos e Roubos de
Veículos, a ação visa conter os casos de roubos de veículos na região.
sábado, 23 de fevereiro de 2013
Comandante do CPM participa da inauguração do Posto Avançado da BM em Alvorada
O Ten Cel Florivaldo Pereira Damasceno esteve presente na Inauguração, nesta quinta-feira (21) o novo
prédio que abriga a 2ª Companhia do 24º Batalhão de Polícia Militar, conhecido
como Posto Avançado da Brigada Militar, em Alvorada, no bairro Jardim Algarve.
A
reforma do posto foi realizada com o apoio da associação de moradores e
comerciantes locais e atenderá outros 15 bairros da região. Na ocasião, também
foram entregues duas viaturas que atuarão na cidade.
Durante a cerimônia, o governador Tarso Genro destacou que a
união entre o Estado e a comunidade foi fundamental para a reativação da
companhia, que vai reforçar o policiamento no município.
Para o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio
Duarte Fernandes, o novo posto descentraliza as estruturas da Corporação em
Alvorada, dentro da linha de uma polícia mais próxima da comunidade.
Também estavam presentes na solenidade, o prefeito professor
Serginho; a secretária estadual da Administração, Stela Farias; o
subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Silanus Serenito Oliveira de
Mello; os comandantes do 24º BPM, Major Marcelo Couto de Souza e da
2ª Cia Policial, capitão Diego Socoll; o padre Libanor Piceti, que deu a benção
ao local; além de vereadores, representantes do Ministério Público e da
Defensoria Pública e comunidade.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Operação integrada da BM e PC prende 41 pessoas
A Operação Serra Talhada, de combate a homicídios na região metropolitana, prendeu 41 pessoas na ação iniciada às 4h30min desta quinta-feira em São Leopoldo, Gravataí, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo e Porto Alegre, mas com maior concentração no Morro do Paula, em São Leopoldo.
A
operação envolveu 300 agentes da Polícia Civil e 150 Policiais Militares sob o
Comando do Ten Cel FLORIVALDO PEREIRA DAMASCENO, Comandante do Policiamento
Metropolitano. Os presos foram encaminhados para a Divisão Regional
Metropolitana (3ªDRM), em São Leopoldo.
Os
policiais cumpriram 49 mandados de busca e apreensão e 34 de prisão na Região
Metropolitana e Vale do Sinos. Os mandados foram cumpridos em São Leopoldo,
Porto Alegre, Gravataí, Novo Hamburgo e Sapucaia do Sul. Durante a ação, também
foram apreendidas cerca de 15 armas.
O objetivo da operação foi combater crimes
de homicídio, roubo a banco, veículos e carga, além de latrocínio e tráfico de
drogas.
A
investigação apontou que um suspeito ligado a roubo a banco é proprietário de
uma pedreira e que estaria se valendo desta empresa para adquirir
explosivos para cometer os assaltos. Um dos suspeitos investigados foi morto no
confronto com a polícia Militar no roubo a banco em Arroio dos Ratos. quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Operação Integrada entre Brigada Militar e Policia Civil - Serra Talhada - prendeu 41 pessoas
Ten Cel PEREIRA, Del RANOLFO e demais integrates da coordenação da operação |
Os policiais cumpriram 49 mandados de busca e apreensão e 34 de prisão na Região Metropolitana e Vale do Sinos. Os mandados foram cumpridos em São Leopoldo, Porto Alegre, Gravataí, Cachoeirinha, Novo Hamburgo e Sapucaia do Sul. Durante a ação, também foram apreendidas cerca de 15 armas. O objetivo da operação foi combater crimes de homicídio, roubo a banco, veículos e carga, além de latrocínio e tráfico de drogas.
A investigação apontou que um suspeito ligado a roubo a banco é proprietário de uma pedreira e estaria se valendo desta empresa para adquirir explosivos para cometer os assaltos. Um dos suspeitos investigados foi morto no confronto com a polícia Militar no roubo a banco em Arroio dos Ratos.
A operação foi integrada entre a Brigada Militar e a Policia Cilvil.
(Formatação: Sgt Amaro - Comunicação Social do CPM).
33 BPM de Sapucaia do Sul no combater aos ataques a caixas eletrônicos e tráfico de drogas
Para combater ataques a caixas eletrônicos e tráfico de drogas na região Metropolitana, o 33 BPM, desencadeou ontem a Operação Sentinela, em Sapucaia do Sul. Uma mulher foi presa, um carro recuperado e drogas e dinheiro apreendidos. A Polícia ainda encontrou equipamentos que podem ter sido usados para arrombar bancos
A suspeita é de que um arrombador de caixas eletrônicos estaria no imóvel. A mulher tinha cerca de R$ 5 mil em uma sacola, e o Palio que estava no local havia sido roubado em 16 de fevereiro, na Capital. A Polícia investiga a ligação entre o material apreendido e ataques a bancos.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Ex PM é preso em Canoas
Em 19 de fevereiro de 2013,as 15h58min, em patrulhamento na Rua Venezuela, 750, São Luiz uma guarnição do 15º Batalhão de Polícia Militar logrou êxito na abordagem ao individuo identificado como EX Policial Militar e com antecedentes criminais por roubo 7x, receptação, foragido, indiciado por porte ilegal de arma de fogo, sendo se encontrava se na situação de FORAGIDO. O Ten Cel FLORIVALDO PEREIRA DAMASCENO, Cmt do CPM esteve no local e acompanhou toda a ocorrência.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
“Polícia para a sociedade democrática”. "A Brigada é a única do país que se divide entre carreira de nível médio e de nível superior".
Novo comandante da Brigada defende uma “polícia para a sociedade democrática”
Samir Oliveira
O novo comandante-geral da Brigada Militar (BM) no Rio Grande do Sul, coronel Fábio Duarte Fernandes, entende que é preciso “fazer uma transposição para a polícia da sociedade democrática”. À frente da instituição desde o dia 1 de fevereiro, ele defende que a BM conduza atuações comunitárias, sendo o elo entre cidadãos e instituições para a resolução de conflitos. “A política tem que trabalhar na mediação dos conflitos sociais e na diminuição da resolução desses conflitos através da violência”, avalia.
Nesta entrevista ao Sul21, o coronel fala sobre seus projetos para a instituição e avalia a atuação da Brigada em protestos e mobilizações sociais. Para o comandante, os policiais não podem impedir que a população filme suas ações e, durante os protestos, devem procurar dialogar com os manifestantes e propor conciliações com o poder público.
Fábio Fernandes considera que a formação dos policiais já passou por algumas mudanças, mas ainda precisa ser aprimorada, incluindo conteúdos relacionados a Direitos Humanos, Sociologia e Antropologia. “Se não tivermos uma formação adequada, ética e moralmente capaz de inibir qualquer processo violento, não teremos condições de fazer a transição para a polícia da sociedade democrática”, defende.
Natural de Pelotas e morador de Porto Alegre há mais de 40 anos, Fábio Fernandes ingressou na corporação em 1982. Possui passagens pelo batalhão de choque e pelo Corpo de Bombeiros, onde chegou a comandar os regimentos da Fronteira Oeste. Foi coordenador da Guarda Municipal de Porto Alegre durante mais de um ano. É formado em Direito pela UniRitter, com especialização em Segurança Pública e mestrado em Sociologia pela UFRGS. Filiado ao PT e ligado à corrente Democracia Socialista (DS), coordena o núcleo de Segurança do partido no Rio Grande do Sul.
Fábio – Nosso maior desafio é fazer uma transposição da atual situação da polícia para a polícia da sociedade democrática. É uma polícia forte, que respeite os direitos e as garantias individuais dos cidadãos, que consiga, de uma maneira democrática, compreender o cenário social no qual está envolvida. A capilaridade da Brigada atinge todos os rincões do estado e todas as camadas sociais. O desafio é trazer essa nova percepção da polícia comunitária à instituição, buscando uma ostensividade maior e a construção de uma cidadania plena, para que as pessoas possam viver melhor, com mais segurança e sociedade. A polícia tem que ajudar na construção de uma política de paz social. A política tem que trabalhar na mediação dos conflitos sociais e na diminuição da resolução desses conflitos através da violência.
Sul21 – Como está a implantação do policiamento comunitário?
Fábio – Temos uma determinação do governo no sentido de ampliar a participação da Brigada nos territórios de paz. Hoje são dez no estado. Alguns concentram cerca de 60% dos índices de violência e criminalidade das cidades. Precisamos interagir com essas comunidades para reduzir a violência. A polícia comunitária tem um perfil diferenciado: o policial é visto como um cidadão de paz, não de guerra. Não queremos a ideia de que a violência e a criminalidade se reduzem com outras ações de violência protagonizadas pela polícia. Queremos que o policial seja uma referência para uma comunidade, que ela possa confiar na policia e ver nela uma visão de agente da cidadania e da paz social.
Sul21 – Como funciona um território da paz?
Fábio – Temos as relações com as comunidades. É importante que a polícia propicie liberdade de trânsito nos territórios. As relações entre a polícia e as lideranças comunitárias são muito importantes. As políticas públicas do estado devem chegar aos territórios pacificados e a polícia é uma referência para propiciar isso. (Em Porto Alegre, os territórios da paz estão nos bairros Santa Teresa, Rubem Berta, Lomba do Pinheiro e Restinga. No RS, nos municípios de Caxias do Sul, Canoas, Vacaria, Passo Fundo e Rio Grande, com instalação ainda em andamento). A polícia precisa propiciar segurança para que os serviços públicos se instalem nesses territórios, em questões como meio ambiente, pontos de cultura, teatro. Através da relação comunitária, a polícia se espraia de uma maneira mais eficiente.
Fábio – Hoje temos um limitador de veículos e pessoal alocados nesses territórios. No final de abril, estaremos formando cerca de dois mil policiais para todo o estado e aportaremos efetivos nesse processo. Já pedimos ao grupo que coordena os territórios da paz a construção de bases comunitárias dentro dos locais para que possamos ter essa referência. Temos que trabalhar também com as relações intra-familiares. Vamos ampliar as patrulhas sobre a Lei Maria da Penha. Inicialmente, será uma para cada território. Na polícia comunitária, o policial é a referência do cidadão, é um agente da paz capaz de auxiliar na resolução de conflitos interpessoais.
O novo comandante-geral da Brigada Militar (BM) no Rio Grande do Sul, coronel Fábio Duarte Fernandes, entende que é preciso “fazer uma transposição para a polícia da sociedade democrática”. À frente da instituição desde o dia 1 de fevereiro, ele defende que a BM conduza atuações comunitárias, sendo o elo entre cidadãos e instituições para a resolução de conflitos. “A política tem que trabalhar na mediação dos conflitos sociais e na diminuição da resolução desses conflitos através da violência”, avalia.
Nesta entrevista ao Sul21, o coronel fala sobre seus projetos para a instituição e avalia a atuação da Brigada em protestos e mobilizações sociais. Para o comandante, os policiais não podem impedir que a população filme suas ações e, durante os protestos, devem procurar dialogar com os manifestantes e propor conciliações com o poder público.
Fábio Fernandes considera que a formação dos policiais já passou por algumas mudanças, mas ainda precisa ser aprimorada, incluindo conteúdos relacionados a Direitos Humanos, Sociologia e Antropologia. “Se não tivermos uma formação adequada, ética e moralmente capaz de inibir qualquer processo violento, não teremos condições de fazer a transição para a polícia da sociedade democrática”, defende.
Natural de Pelotas e morador de Porto Alegre há mais de 40 anos, Fábio Fernandes ingressou na corporação em 1982. Possui passagens pelo batalhão de choque e pelo Corpo de Bombeiros, onde chegou a comandar os regimentos da Fronteira Oeste. Foi coordenador da Guarda Municipal de Porto Alegre durante mais de um ano. É formado em Direito pela UniRitter, com especialização em Segurança Pública e mestrado em Sociologia pela UFRGS. Filiado ao PT e ligado à corrente Democracia Socialista (DS), coordena o núcleo de Segurança do partido no Rio Grande do Sul.
“Não queremos a ideia de que a violência e a criminalidade se reduzem com outras ações de violência protagonizadas pela polícia”
Sul21 – Quais são os projetos e planos para a corporação?Fábio – Nosso maior desafio é fazer uma transposição da atual situação da polícia para a polícia da sociedade democrática. É uma polícia forte, que respeite os direitos e as garantias individuais dos cidadãos, que consiga, de uma maneira democrática, compreender o cenário social no qual está envolvida. A capilaridade da Brigada atinge todos os rincões do estado e todas as camadas sociais. O desafio é trazer essa nova percepção da polícia comunitária à instituição, buscando uma ostensividade maior e a construção de uma cidadania plena, para que as pessoas possam viver melhor, com mais segurança e sociedade. A polícia tem que ajudar na construção de uma política de paz social. A política tem que trabalhar na mediação dos conflitos sociais e na diminuição da resolução desses conflitos através da violência.
Sul21 – Como está a implantação do policiamento comunitário?
Fábio – Temos uma determinação do governo no sentido de ampliar a participação da Brigada nos territórios de paz. Hoje são dez no estado. Alguns concentram cerca de 60% dos índices de violência e criminalidade das cidades. Precisamos interagir com essas comunidades para reduzir a violência. A polícia comunitária tem um perfil diferenciado: o policial é visto como um cidadão de paz, não de guerra. Não queremos a ideia de que a violência e a criminalidade se reduzem com outras ações de violência protagonizadas pela polícia. Queremos que o policial seja uma referência para uma comunidade, que ela possa confiar na policia e ver nela uma visão de agente da cidadania e da paz social.
Sul21 – Como funciona um território da paz?
Fábio – Temos as relações com as comunidades. É importante que a polícia propicie liberdade de trânsito nos territórios. As relações entre a polícia e as lideranças comunitárias são muito importantes. As políticas públicas do estado devem chegar aos territórios pacificados e a polícia é uma referência para propiciar isso. (Em Porto Alegre, os territórios da paz estão nos bairros Santa Teresa, Rubem Berta, Lomba do Pinheiro e Restinga. No RS, nos municípios de Caxias do Sul, Canoas, Vacaria, Passo Fundo e Rio Grande, com instalação ainda em andamento). A polícia precisa propiciar segurança para que os serviços públicos se instalem nesses territórios, em questões como meio ambiente, pontos de cultura, teatro. Através da relação comunitária, a polícia se espraia de uma maneira mais eficiente.
“Na polícia comunitária, o policial é a referência do cidadão, é um agente da paz capaz de auxiliar na resolução de conflitos interpessoais”
Sul21 – Como esses territórios estão estruturados?Fábio – Hoje temos um limitador de veículos e pessoal alocados nesses territórios. No final de abril, estaremos formando cerca de dois mil policiais para todo o estado e aportaremos efetivos nesse processo. Já pedimos ao grupo que coordena os territórios da paz a construção de bases comunitárias dentro dos locais para que possamos ter essa referência. Temos que trabalhar também com as relações intra-familiares. Vamos ampliar as patrulhas sobre a Lei Maria da Penha. Inicialmente, será uma para cada território. Na polícia comunitária, o policial é a referência do cidadão, é um agente da paz capaz de auxiliar na resolução de conflitos interpessoais.
Sul21 – Como o senhor avalia a atuação da Brigada
Militar em protestos? Recentemente, no caso do Tatu Bola, houve uma repressão
bastante grande e diversos casos de violência policial foram registrados.
Fábio – De uma maneira geral, no último período, a Brigada tem demonstrado muita sabedoria. Entendemos o movimento social como algo legítimo. Temos que garantir que as pessoas possam se manifestar em segurança. A proposta da instituição é de dialogar com os movimentos e trabalhar com eles as limitações e respeitos e garantias de pessoas ligadas a protestos ou contrárias a eles. Estamos apurando o caso do Tatu Bola, ainda não temos o resultado do inquérito policial. É importante que a sociedade faça reflexões sobre esse episódio.
Fábio – De uma maneira geral, no último período, a Brigada tem demonstrado muita sabedoria. Entendemos o movimento social como algo legítimo. Temos que garantir que as pessoas possam se manifestar em segurança. A proposta da instituição é de dialogar com os movimentos e trabalhar com eles as limitações e respeitos e garantias de pessoas ligadas a protestos ou contrárias a eles. Estamos apurando o caso do Tatu Bola, ainda não temos o resultado do inquérito policial. É importante que a sociedade faça reflexões sobre esse episódio.
“Quando os manifestantes se
dirigem ao Tatu Bola, não é o mascote que estão atingindo, é o símbolo que ele
representa. Precisamos compreender isso”
Sul21 – Que reflexões?
Fábio – A segurança pública não conseguiu identificar uma liderança específica deste movimento. Quando há lideranças, fica mais fácil de se trabalhar. Mas naquele episódio não havia uma liderança plenamente identificada. Isso prejudicou a relação da polícia com o movimento. E eles esperaram mais de 11 horas pelo atendimento do governante. É importante que o gestor público receba os movimentos e ouça as pessoas que se manifestam e querem chegar a algum denominador comum. É importante que a polícia também faça essa leitura e consiga mediar, induzindo o gestor a receber os manifestantes. Isso distensiona as relações e estabelece uma dimensão equilibrada entre as partes.
Fábio – A segurança pública não conseguiu identificar uma liderança específica deste movimento. Quando há lideranças, fica mais fácil de se trabalhar. Mas naquele episódio não havia uma liderança plenamente identificada. Isso prejudicou a relação da polícia com o movimento. E eles esperaram mais de 11 horas pelo atendimento do governante. É importante que o gestor público receba os movimentos e ouça as pessoas que se manifestam e querem chegar a algum denominador comum. É importante que a polícia também faça essa leitura e consiga mediar, induzindo o gestor a receber os manifestantes. Isso distensiona as relações e estabelece uma dimensão equilibrada entre as partes.
Sul21 – Isso já acontece na prática?
Fábio - Não é de graça que há mais de dois anos a polícia não tem nenhum conflito com os sem-terra no Rio Grande do Sul. E o MST consegue buscar suas reivindicações, sendo contemplado ou não em suas demandas. Isso faz parte da proposta de uma polícia para uma sociedade democrática. Temos que utilizar o poder conferido pela sociedade à polícia para promover a construção entre gestores públicos e movimentos, evitando fatos como os do Tatu Bola. Não é gratificante para a instituição se envolver em um episódio desses. Não é isso que queremos. Queremos que governantes, movimento social e polícia possam dialogar e construir soluções de maneira harmônica. O papel da polícia é dar condições para que se construa o diálogo entre os agentes em conflito. Por isso, a educação policial é fundamental. Por vezes, quem tem que desempenhar esse papel é o soldado e, para ele, pode ser muito pesado fazer essa mediação.
Fábio - Não é de graça que há mais de dois anos a polícia não tem nenhum conflito com os sem-terra no Rio Grande do Sul. E o MST consegue buscar suas reivindicações, sendo contemplado ou não em suas demandas. Isso faz parte da proposta de uma polícia para uma sociedade democrática. Temos que utilizar o poder conferido pela sociedade à polícia para promover a construção entre gestores públicos e movimentos, evitando fatos como os do Tatu Bola. Não é gratificante para a instituição se envolver em um episódio desses. Não é isso que queremos. Queremos que governantes, movimento social e polícia possam dialogar e construir soluções de maneira harmônica. O papel da polícia é dar condições para que se construa o diálogo entre os agentes em conflito. Por isso, a educação policial é fundamental. Por vezes, quem tem que desempenhar esse papel é o soldado e, para ele, pode ser muito pesado fazer essa mediação.
Sul21 – O que a instituição pode tirar de lição a
partir do episódio do Tatu Bola? Há registros de agressões, inclusive verbais,
e de ameaças feitas por policiais a manifestantes.
Fábio – O não recebimento do movimento pelos gestores gerou instabilidade. Quando os manifestantes se dirigem ao Tatu Bola, não é o mascote que estão atingindo, é o símbolo que ele representa. Precisamos compreender isso. Se o coordenador daquela operação tivesse solicitado ao prefeito que dialogasse com o movimento, talvez esse episódio todo não tivesse acontecido.
Fábio – O não recebimento do movimento pelos gestores gerou instabilidade. Quando os manifestantes se dirigem ao Tatu Bola, não é o mascote que estão atingindo, é o símbolo que ele representa. Precisamos compreender isso. Se o coordenador daquela operação tivesse solicitado ao prefeito que dialogasse com o movimento, talvez esse episódio todo não tivesse acontecido.
Sul21 – Neste episódio, mas também em muitos
outros, os policiais agrediram quem estava filmando a ação e tentaram impedir
registros fotográficos ou imagens. Qual a orientação para a tropa diante de uma
situação em que o brigadiano está sendo filmado em sua abordagem?
Fábio - O que foi veiculado nas redes sociais só foi possível porque estamos no século 21. Em outros tempos, talvez a polícia surrupiasse essas informações e reprimisse sua propagação. Que bom que hoje isso não é mais possível. É uma questão de controle social e integra um processo novo na sociedade, onde a polícia não pode mais buscar esconder isso das pessoas. Queremos nos debruçar sobre o caso do Tatu Bola e tirar dele os ensinamenots mais adequados para a instituição.
Fábio - O que foi veiculado nas redes sociais só foi possível porque estamos no século 21. Em outros tempos, talvez a polícia surrupiasse essas informações e reprimisse sua propagação. Que bom que hoje isso não é mais possível. É uma questão de controle social e integra um processo novo na sociedade, onde a polícia não pode mais buscar esconder isso das pessoas. Queremos nos debruçar sobre o caso do Tatu Bola e tirar dele os ensinamenots mais adequados para a instituição.
“O cidadão tem o direito de
filmar a ação da polícia, não há problema nisso. Nós, policiais, temos que
estar preparados para isso”
Sul21 – Para a corporação, é positivo ou negativo
permitir a filmagem de abordagens policiais?
Fábio - Quando se está fazendo a filmagem de uma ocorrência, se está revelando circunstâncias que, às vezes, as próprias pessoas abordadas não gostariam que fossem reveladas. É uma divisão difusa entre direitos e deveres, direitos e garantias. O cidadão tem o direito de filmar a ação da polícia, não há problema nisso. Nós, policiais, temos que estar preparados para isso. Entretanto, o cidadão que está sendo abordado pela ação também tem o direito de não se deixar filmar. É preciso mensurar isso. A filmagem pode ser boa para a polícia, mas não sei se é boa para o cidadão envolvido na ação. Como fica a privacidade dele? Não é o caso do Tatu Bola, por exemplo. Mas a polícia não pode se sentir ameaça porque alguem a está filmando. A polícia precisa respeitar os limites sociais para que possa exercer o poder de coerção e fiscalização que a sociedade lhe impõe. O cidadão poderá filmar uma ação e o policial precisa estar preparado para isso. É uma mudança cultural difícil de se realizar. É um desafio que temos que implementar, até para dar segurança ao servidor, orientando que aquele ato que o cidadão está praticando, a filmagem, não é algo que vá prejudicar sua carreira ou ser utilizado de forma sorrateira e incompreensível.
Fábio - Quando se está fazendo a filmagem de uma ocorrência, se está revelando circunstâncias que, às vezes, as próprias pessoas abordadas não gostariam que fossem reveladas. É uma divisão difusa entre direitos e deveres, direitos e garantias. O cidadão tem o direito de filmar a ação da polícia, não há problema nisso. Nós, policiais, temos que estar preparados para isso. Entretanto, o cidadão que está sendo abordado pela ação também tem o direito de não se deixar filmar. É preciso mensurar isso. A filmagem pode ser boa para a polícia, mas não sei se é boa para o cidadão envolvido na ação. Como fica a privacidade dele? Não é o caso do Tatu Bola, por exemplo. Mas a polícia não pode se sentir ameaça porque alguem a está filmando. A polícia precisa respeitar os limites sociais para que possa exercer o poder de coerção e fiscalização que a sociedade lhe impõe. O cidadão poderá filmar uma ação e o policial precisa estar preparado para isso. É uma mudança cultural difícil de se realizar. É um desafio que temos que implementar, até para dar segurança ao servidor, orientando que aquele ato que o cidadão está praticando, a filmagem, não é algo que vá prejudicar sua carreira ou ser utilizado de forma sorrateira e incompreensível.
Sul21 – Um caso que foi filmado e gerou bastante
repercussão foi o do policial que baleou um cidadão no Trensurb. O sujeito
estava com uma faca na mão.
Fábio - Não sei o que gerou instabilidade no policial para que ele agisse daquela forma. A priori, parece que ele exacerbou na ação. Mas eu não sei o que pode ter deflagrado aquele processo. Ele pode ter se sentido acuado. Não acredito que tenha atirado naquela pessoa por iniciativa própria, deve ter se sentido acuado e reagido. Talvez a reação tenha sido desproporcional. Precisamos preparar melhor os policiais, em termos de formação e capacitação, para que possamos atingir patamares em que a polícia seja capaz de dar uma resposta eficaz em casos como esse.
Fábio - Não sei o que gerou instabilidade no policial para que ele agisse daquela forma. A priori, parece que ele exacerbou na ação. Mas eu não sei o que pode ter deflagrado aquele processo. Ele pode ter se sentido acuado. Não acredito que tenha atirado naquela pessoa por iniciativa própria, deve ter se sentido acuado e reagido. Talvez a reação tenha sido desproporcional. Precisamos preparar melhor os policiais, em termos de formação e capacitação, para que possamos atingir patamares em que a polícia seja capaz de dar uma resposta eficaz em casos como esse.
Sul21 – Qual a importância da corregedoria da
Brigada para que se coíbam as más condutas na polícia?
Fábio - A corregedoria, assim como a educação policial e a gestão, é fundamental. A corregedoria tem um papel importante ao não acobertar as condutas. Temos o maior interesse em que as pessoas relatem o que elas consideram um desvio de conduta ou abuso de poder. Temos inúmeros sistemas de disque-denúncia que preservam as pessoas. Nossa idéia é implementar ações capazes de prevenir a violência policial, a corrupção e o tratamento nas relações. Pretendemos trabalhar em conjunto com a Ouvidoria de Segurança Pública e com a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. Já recebemos o deputado Jeferson Fernandes (PT), presidente da comissão, e dissemos que ele possui plena liberdade para nos trazer denúncias.
Fábio - A corregedoria, assim como a educação policial e a gestão, é fundamental. A corregedoria tem um papel importante ao não acobertar as condutas. Temos o maior interesse em que as pessoas relatem o que elas consideram um desvio de conduta ou abuso de poder. Temos inúmeros sistemas de disque-denúncia que preservam as pessoas. Nossa idéia é implementar ações capazes de prevenir a violência policial, a corrupção e o tratamento nas relações. Pretendemos trabalhar em conjunto com a Ouvidoria de Segurança Pública e com a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. Já recebemos o deputado Jeferson Fernandes (PT), presidente da comissão, e dissemos que ele possui plena liberdade para nos trazer denúncias.
Sul21 – Existe um projeto do ex-deputado Marcos
Rolim para a criação de uma corregedoria única para a área da segurança
pública, formada por servidores de carreira, não militares, que cuidaria de
denúncias da Brigada Militar, da Susepe e da Polícia Civil. Na avaliação dele,
isso afastaria a possibilidade de corporativismo no julgamento de casos que,
hoje, são apreciados pelas próprias categorias.
Fábio - Conheço a proposta do Marcos Rolim, acho que é uma construção plenamente viável. É um debate institucional importante.
Fábio - Conheço a proposta do Marcos Rolim, acho que é uma construção plenamente viável. É um debate institucional importante.
“Podemos até ser a favor (da
legalização da maconha), desde que haja controle sobre a produção”
Sul21 – Como o senhor avalia a atuação do Corpo de
Bombeiros no episódio envolvendo o licenciamento e a fiscalização da boate
Kiss, em Santa Maria?
Fábio - Nos deslocamos até a cidade imediatamente após tomar conhecimento desse episódio. Todo o aparato dos governos estadual e federal foram colocados à disposição. Temos um coronel apurando todos os problemas que aconteceram e solicitei que o comandante do Corpo de Bombeiros realize uma reunião com os 12 comandos regionais do estado para que se formule uma minuta com alterações que devemos propor nas leis, tratando de adequações e inspeções nos locais. Foi um episódio lamentável, ninguém queria que tivesse acontecido. Precisamos rever posicionamentos e condutas, principalmente no processo legislativo. Tudo o que foi feito pelos bombeiros, até onde eu tenho conhecimento, estava previsto na legislação. Há algumas expressões nas leis, como “preferencialmente”, por exemplo, que colocam a pessoa que executa a fiscalização em uma situação difícil. É isso que precisamos esclarecer e aprimorar.
Fábio - Nos deslocamos até a cidade imediatamente após tomar conhecimento desse episódio. Todo o aparato dos governos estadual e federal foram colocados à disposição. Temos um coronel apurando todos os problemas que aconteceram e solicitei que o comandante do Corpo de Bombeiros realize uma reunião com os 12 comandos regionais do estado para que se formule uma minuta com alterações que devemos propor nas leis, tratando de adequações e inspeções nos locais. Foi um episódio lamentável, ninguém queria que tivesse acontecido. Precisamos rever posicionamentos e condutas, principalmente no processo legislativo. Tudo o que foi feito pelos bombeiros, até onde eu tenho conhecimento, estava previsto na legislação. Há algumas expressões nas leis, como “preferencialmente”, por exemplo, que colocam a pessoa que executa a fiscalização em uma situação difícil. É isso que precisamos esclarecer e aprimorar.
Sul21 – Como o senhor avalia a eficácia da atuação
policial no combate ao tráfico de drogas? É o maior motivo da superlotação das
prisões, mas seria mesmo um problema para a polícia resolver?
Fábio - Grande parte dos presos são vinculados ao tráfico. Existe um esforço do atual secretário de Segurança (Airton Michels) para que a polícia seja cirúrgica nesta questão. Não adianta enclausurarmos o pequeno traficante ou o usuário de drogas. É óbvio que temos problemas envolvendo o tráfico que resultam em insegurança pública. Há uma rede de consequências posta diante do uso das drogas. Mas precisamos de políticas públicas que solucionem essas questões. A solução passa mais pela saúde pública do que pela polícia. A polícia não tem a solução para esse problema, tem apenas atuado para minorar os efeitos. A droga é uma questão de saúde pública, não de segurança pública, exceto em relação ao tráfico, principalmente quando envolve a investigação das fronteiras.
Fábio - Grande parte dos presos são vinculados ao tráfico. Existe um esforço do atual secretário de Segurança (Airton Michels) para que a polícia seja cirúrgica nesta questão. Não adianta enclausurarmos o pequeno traficante ou o usuário de drogas. É óbvio que temos problemas envolvendo o tráfico que resultam em insegurança pública. Há uma rede de consequências posta diante do uso das drogas. Mas precisamos de políticas públicas que solucionem essas questões. A solução passa mais pela saúde pública do que pela polícia. A polícia não tem a solução para esse problema, tem apenas atuado para minorar os efeitos. A droga é uma questão de saúde pública, não de segurança pública, exceto em relação ao tráfico, principalmente quando envolve a investigação das fronteiras.
Sul21 – A legalização da maconha ajudaria na
resolução do problema?
Fábio - Podemos até ser a favor, desde que haja controle sobre a produção. Se não houver controle, não existe sistema de saúde ou segurança que dê conta. Na minha opinião, até podemos liberar. Mas não tenho opinião sobre isso, sou um executor, não um legislador. Se esse debate vier para a pauta, é preciso agregar a ele o tema do controle da produção.
Fábio - Podemos até ser a favor, desde que haja controle sobre a produção. Se não houver controle, não existe sistema de saúde ou segurança que dê conta. Na minha opinião, até podemos liberar. Mas não tenho opinião sobre isso, sou um executor, não um legislador. Se esse debate vier para a pauta, é preciso agregar a ele o tema do controle da produção.
(http://www.sul21.com.br).
(Formatação: Sgt AMARO).
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
SUSPEITO DE ASSALTO É CAPTURADO
Um suspeito
de ter assaltado o HSBC da avenida Getúlio Vargas, na quarta-feira, foi preso
pela Brigada Militar.Ele trafegava em um Fox preto pela BR 116, em Canoas. O setor de Inteligência do Comando Regional do
Vale do Sinos monitorava o homem de 35 anos, morador de São Leopoldo. Ele foi
identificado e encaminhado ao sistema prisional. Fonte Correio do Povo dia 08
de Fevereiro 2013, pagina 24.
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