segunda-feira, 11 de junho de 2012

O BALANÇO DE UM MÊS DE FORÇA-TAREFA


Um mês após o início da força-tarefa da Brigada Militar para conter homicídios na Região Metropolitana, um balanço revela bons resultados na Capital e aumento dos assassinatos em cidades como Alvorada e Viamão. Foram deslocados 200 policiais do interior do Estado para a operação. Dados preliminares fornecidos pela BM indicam que de 11 de maio a 8 de junho, comparado com o período de 11 de abril a 10 de maio, nos locais de atuação da força-tarefa (zonas Norte e Leste), em Porto Alegre, os homicídios tiveram redução de 22%, caindo de 23 para 18.O reforço policial na Grande Porto Alegre foi uma determinação da Secretaria Estadual da Segurança Pública depois da constatação de aumento de 19,6% dos homicídios no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2011. “A ampliação do efetivo de policiais ajudou a reduzir o número de homicídios, sobretudo, em bairros como Rubem Berta, Mario Quintana, Sarandi, Agronomia, Lomba do Pinheiro e Intercap”, explica o comandante do Centro de Policiamento da Capital (CPC), tenente-coronel Paulo Stocker. Em Alvorada, as operações contra os homicídios são responsáveis por um fenômeno. Os assassinatos têm mudado de horário na cidade. Antes concentrados nas madrugadas, passaram a ocorrer à tarde – no município, o índice aumentou em 33%, de seis para oito homicídios.Viamão registrou um aumento de 25%, pulando de quatro para cinco homicídios. Na cidade, os pontos onde mais ocorrem assassinatos se tornaram locais de visita constante dos PMs do 18º BPM do município. A definição dos lugares se deu depois de um levantamento feito pelos policiais.O Comando de Polícia Metropolitano espera a redução desses índices já nos próximos dias em decorrência da metodologia de trabalho em aprimoramento com a Força Especial. Em Gravataí, a incidência permaneceu a mesma, com dois casos registrados. A ideia inicial é de que os policiais do Interior permaneçam na Região Metropolitana por 60 dias. “No final deste período, vamos avaliar em que medida os objetivos iniciais foram alcançados e a necessidade da continuidade do reforço de efetivo nessas áreas. É importante destacar que o trabalho que a BM vem realizando é de uma estratégia de preservação da ordem pública no Estado, e que estas áreas hoje selecionadas necessitavam de uma articulação imediata para coibir a escalada da violência nos bairros selecionados”, diz o coronel Sergio Roberto de Abreu, comandante-geral da BM. (Zero Hora. 11/06/12 - Página 29 com foto).

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